Essa sensação de que já assistimos esse filme é inevitável com a volta das restrições de ir e vir determinadas pelos nossos governantes diante do recrudescimento da pandemia de Covid-19. Há um ano estávamos avaliando todas as ações desagradáveis que deveriam ser implementadas para o combate e a expansão da doença, no entanto, passado todo esse tempo estamos em situação tão preocupante quanto estávamos.

Muitas das medidas adotadas, que tantos transtornos provocaram, foram acertadas, outras nem tanto. O fechamento das escolas, por um tempo maior do que em quase todo o mundo, revelou-se incompatível com as evidências observadas. A presidente do Conselho Nacional de Educação disse, recentemente, que: “demoramos demais para reabrir as escolas”. De fato não havia justificativa suficiente para manter os estudantes longe das escolas como tantos especialistas insistentemente afirmaram.

Apesar do enorme esforço das escolas, professores e famílias, o ensino remoto revelou-se insuficiente para assegurar os objetivos de aprendizagem que as propostas pedagógicas das instituições de ensino determinavam. Muitos dizem até que foi um ano perdido, com o que não concordo. Muita coisa boa foi feita e exemplos de trabalhos exitosos estão sendo compartilhados no país inteiro. As bases da educação híbrida estão se consolidado e a retomada das aulas presenciais ocorrem com o aproveitamento de tudo o que aprendemos ao longo deste difícil período.

Não podemos nos render às inseguranças que temos que enfrentar, pois ainda vamos conviver por um tempo considerável com esta doença e suas sequelas, apesar do avanço da vacina. O número de vacinados ainda é extremamente tímido diante do contingente de pessoas a receberem a medicação. Em nosso país mais de trezentos milhões, e, se forem duas doses, mais de seiscentos milhões de vacinas a serem aplicadas. Os números atuais são demasiadamente modestos para a grandeza do projeto. Se demoramos demais, se houve interferência política demais, agora é irrelevante, dificilmente conseguiremos segurança em tempo curto.

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Só nos resta tentar manter a atenção aos protocolos sanitários e esperar que, desta vez, nossos dirigentes – com a volta das restrições – errem menos, não se rendam às autopromoções, e, realmente tomem as decisões com base nas evidências e na ciência que tanto gostam de alardear para justificar suas ações nem sempre justificáveis. Estamos diante de um quadro no qual as decisões não podem ser tão genéricas ou radicais. Precisamos, mais do que nunca, de muito bom senso para atravessarmos mais esta onda sem tantos desastres da educação à economia. Ou será que este ano foi perdido realmente e não aprendemos nada?(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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