As redes sociais se transformaram, nos últimos tempos, a principal arma para os políticos, mas ao mesmo tempo, a maior preocupação! Tem sido por meio das redes sociais que o eleitorado tem se mobilizado para “atacar” falta de ações de prefeitos, governadores e presidente da República, o administrador de forma geral. É nas “redes” que o peixe administrativo tem mais perdido força do que conquistado o eleitorado. Os protestos que geraram o famoso “vem pra rua” começaram nas redes sociais, apesar de ter perdido força nos últimos tempos, muito mais por falta de mobilização do que por falta de problemas. Mas as redes têm enfraquecido administradores que precisam tomar cuidado com o que publicam. A falta de um marketing político organizado tem feito ações se transformarem em verdadeiros “tiros no pé” como se diz por aí.

Para não ir longe, Jundiaí tem vivido desde novembro seu maior drama: falta de planejamento de obras. A maior reclamação da cidade tem girado em torno da falta de corte de mato e isto está criando um problema maior: chuva, água parada no meio do mato, riscos de mosquitos e possibilidades de doenças. A ação da Prefeitura em correr para dizer que está concluindo ou já concluiu o processo para nova empresa executar o serviço de corte de matos na cidade é uma falha terrível de falta de planejamento: é preciso ter visões do dia seguinte para saber que, no final do ano, início do verão, as chuvas chegam e com elas, o mato cresce mais rápido. Então, a ação de se contratar uma empresa para o corte de mato deveria ter sido planejada há, pelo menos seis meses.

Ainda dentro do quadro “corte de mato”, a Prefeitura errou mais uma vez: O gestor de Serviços Públicos, Adilson Rosa, publicou nas redes sociais fotos de funcionários cortando mato numa rotatória da cidade. O fato não justifica a notícia: é uma obrigação do poder público corta mato da cidade. Dizer que cortou mato, que podou árvores, que recolheu lixo, que limpou praça pode-se dizer que são os “tiros no pé”, mencionados acima. Estas ações devem ser diárias e não merecem se transformar em nota em rede social. Mesmo que os “colegas de trabalho” apareçam para dizer “parabéns”.

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Outro problema surgido nos últimos dias mostra o vereador e presidente da Câmara – e que já anunciou que quer ser candidato a deputado neste ano – Gustavo Martinelli, cortando grama em seu bairro, criando um mutirão de pessoas para fazer o serviço. O vereador – que é do mesmo partido do prefeito – deveria ter reunido este grupo de pessoas e ido ao Paço Municipal exigir o serviço de corte de mato, jamais fazer o serviço! A função do vereador não é fazer o que o prefeito não faz, mas sim fiscalizar e cobrar ações do Executivo. Perde ponto o administrador que não faz seu serviço de acordo e perde votos o vereador que quer ser deputado e faz o que não é pra ser feito.

Pra não ficar aqui apontando, não há necessidade de o Gestor de Finanças informar que a Prefeitura está em dia com suas contas. Isto, também, é obrigação. Erro administrativo é informar que a tarifa de ônibus sobe em breve. Como se ela não subisse sempre, já que grande parte da tarifa é subsidiada, ou seja: o dinheiro vem dos impostos que o cidadão paga. E o imposto sobe sempre! (foto acima: www.culturamix.com)


NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com