ANSIEDADE, impactante e dolorida, afeta desenvolvimento humano

ansiedade

Quando pensamos na ansiedade, pensamos no maior grupo de problemas de saúde mental, da humanidade: impactante e dolorido. Os transtornos de ansiedade podem causar um efeito significativo no contexto diário das pessoas. Pode comprometer todo o desenvolvimento humano de modo a interferir nos processos básicos de aprendizagem e avançar para as relações humanas. A possibilidade de avançarem até a idade adulta, sempre é grande.

Quando mencionamos a ansiedade, trazemos à tona um complexo emaranhado de componentes que pululam dos componentes comportamentais para os cognitivos e emocionais e fisiológicos: um verdadeiro turbilhão a açoitar a pessoa que é portadora destes transtornos. Ela é uma resposta concebida para facilitar a autoproteção contra o medo e as ameaças futuras.

Ao olharmos para os componentes cognitivos, as ameaças futuras são prevalentes, entre outros quesitos, que atormentam as pessoas ansiosas. Estas ameaças vão desde uma prova na escola, até o resultado de um exame de imagem, passam pelo posicionamento diante de amigos até o pedido de namoro ou casamento: o espectro da ameaça reside em todas as propostas que não temos certo a resposta a ser recebida.

Numa situação como a que vivemos, em 2021, no Brasil, poderíamos listar como ameaça o conjunto de situações a que estamos expostos: a impactante incerteza da vacinação, as avaliações feitas pela mídia sobre a situação do país, o preço do dólar e do euro, o acirramento de fala e confronto entre o atual governante e o antigo, os preços excessivos e os salários congelados, as escolas sendo forçadas a funcionar e as crianças e professores sem vacina. Este quadro é ameaçador e precisa ser analisado por etapas.

Enfrentar cada um destes itens gera ansiedade que chamaremos, tecnicamente, de ansiedade de estado: a situação me possibilita despertar a ansiedade para o enfrentamento. E, isto poderá ser manejado, desde que eu tenha uma conduta que possibilite à minha mente vencer o mau humor. Este manejo será aplicado com atividades adequadas e realistas, que orientarão meus pensamentos para que o enfrentamento seja pautado em raciocínios rápidos e cirúrgicos, mas eficientes para vencer meu mau humor e maus pensamentos.

Algumas atitudes ajudam nessa caminhada: ouvir uma boa música, fugir dos noticiários tóxicos e alarmantes e evitar filmes de tragédias (de tragédia basta esta do momento). A presença de um pet favorece uma vida mais amena e agradável, visto que haverá uma troca de afetos entre o pet e você, com momentos de muita alegria e risadas, liberando endorfina e dando prazer aos ritos de aproximação.

Conversas animadas e amigos verdadeiros funcionam como um santo calmante, sem deixar de tomar os remédios diários, prescritos pelo médico. Acrescente momentos de exposição ao sol, que nos facilita no processamento da vitamina D, fortalecendo-nos, ainda mais, fisiologicamente. O sono, a meditação e uma caminhada completam nosso arsenal de resistência vital.

Com estes elementos dispostos acima poderemos manejar nossa ansiedade e estabelecer um equilíbrio adequado, de modo a não sofrermos tanto com os efeitos impactantes da ansiedade, estado que insiste a bater à nossa porta, porém, porque não ampliar nossos canais de comunicação com a espiritualidade e viver numa comunhão mais acentuada, sem as orações protocolares, mas numa conversa íntima, direta e franca com Aquele em quem você credita sua fé?

Então, estudos recentes dos mais importantes hospitais do país e do mundo apontam que a espiritualidade é um dos domínios humanos a serem desenvolvidos pelas pessoas que buscam se equilibrar e manter um comportamento estável e adequado, diante de todas as propostas da vida. Estes estudos não se referem ao catolicismo, ao evangelismo, ou espiritismo ou islamismo ou budismo. Mas ao Espiritual, como um marco de equilíbrio e de firmeza diante do Superior, seja Ele qual for.

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Isso é besteira? Não parece ser. Estes estudos ilustram que pessoas que creem são mais felizes, mais resistentes e mais aptas ao enfrentamento, com segurança e desenvoltura. Num momento como este, em que estamos à deriva, nada mais propicio do que termos nossos domínios cognitivo, afetivo, psicomotor  e espiritual adequadamente prontos para nos favorecer nas escolhas e decisões. Assim, nossa ansiedade será manejada com mais eficácia. Acredito nisso.

Não é uma receita de bolo nem, tão pouco, lições de autoajuda: é um exercício diário de auto controle que, as vezes, demanda um profissional da área para nos conduzir com mais precisão e uma orientação mais segura, entretanto são caminhos que serão percorridos com auxílio da Ciência e da nossa intenção de mudar o rumo da nossa história, já que a do país está entregue nas mãos de governantes que não nos orientam. Vale tentar.(Foto: cemicvet.mediasole.ru)

AFONSO ANTÔNIO MACHADO 

É docente e coordenador do LEPESPE, Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte, da UNESP. Mestre e Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte, pela UNESP, graduado em Psicologia, editor chefe do Brazilian Journal of Sport Psychology. Aluno da FATI.

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