ARROZ de festa. Transplante de fezes: Curiosidades e informações

ARROZ DE FESTA

Com o alto preço do arroz, que originou inúmeros memes e piadas, jogar arroz nos noivos, após o enlace matrimonial, tornou-se um desperdício inaceitável.

De onde terá vindo esse hábito?

Ele existe em muitos países e há muitos anos, sendo uma forma de desejar boa sorte e fartura aos noivos. O arroz branco era tido como símbolo da felicidade e da fartura. Em algumas culturas, as amigas recolhiam os grãos que tinham acertado na noiva e diziam que, assim, seriam as próximas a se casarem. No Brasil, a noiva joga o buquê, as solteiras tentam pegá-lo para serem as próximas a contrair matrimônio, o arroz fica pelo chão.

Como o arroz deveria estar presente em todas as festas de casamento, surgiu a expressão:

 – Ele(a) é arroz de festa!

Mas, neste momento, o arroz encontra-se ausente da mesa dos pobres e das festas de todos!

  Esta segunda curiosidade é mais do que isso, ela é informativa:

 – A cura pelo transplante de fezes!

 As fezes são consideradas substâncias sujas, mas o avanço de pesquisas na área de medicina descobriu que podem ser usadas para o tratamento da colite pseudomembranosa, uma inflamação intestinal grave que pode levar à morte.

Os sintomas dessa doença ocorrem com diarreia forte, febre alta e muita dor abdominal, causadas pelo excesso de bactérias que são difíceis de serem eliminadas.

Com o transplante das fezes – normalmente de um parente saudável que passa por uma série de exames laboratoriais – elas são colocadas, via endoscopia, no intestino grosso do paciente.

Segundo os médicos, a meta é reconstruir a homeostase (equilíbrio) microbiana do intestino e, com isso, romper o ciclo dos agentes que alteram o microbioma.

Os gastroenterologistas veem nisso um avanço porque, com antibióticos, as chances de cura desse tipo de colite variam de 40% a 50%,com o transplante fecal esses números sobem para 90%.

É claro que o material passa por tratamento especial, sendo homogeneizado com soro fisiológico, e só pequena parte do líquido é transplantado.

Os planos de saúde pública e privados ainda não reconhecem a valia desse procedimento e os custos devem ser cobertos pelo paciente.

Segundo pesquisa, um gastroenterologista do Hospital Israelita Albert Einstein aplicou a técnica com sucesso em 2014, pela primeira vez no Brasil; outro médico, em hospital de Campinas, também usa o procedimento em seus pacientes; no Hospital das Clínicas da UFMG, o tratamento também já foi implantado. Nos Estados Unidos, a prática já está consolidada.

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Achei interessante essa informação no momento em que são envidados esforços nas pesquisas da vacina contra o coronavírus. De repente, descobre-se um antídoto em algo tão bizarro e esdrúxulo quanto o narrado!

Se descobrirem, seja lá em que material for, será muito bem-vindo!

Para o próximo artigo, tentarei pesquisar sobre a validade da barata ou da gosma deixada pelas lesmas! Há interesse?(Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

JÚLIA FERNANDES HEIMANN

É escritora e poetisa. Tem 10 livros publicados. Pertence á Academia Jundiaiense de Letras, á Academia Feminina de Letras e Artes, ao Grêmio Cultural Prof Pedro Fávaro e á Academia Louveirense de Letras. Professora de Literatura no CRIJU.

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