No último sábado, o Jundiaí Agora – JA – publicou matéria sobre a interdição da escola infantil Despertar, no jardim Guanabara. Este estabelecimento é particular. Porém, a reportagem gerou vários comentários relacionados às escolas municipais, as Emebs. Foram feitos vários elogios principalmente aos profissionais. Quatro críticas, no entanto, foram bastante eloquentes: as péssimas condições das Emebs Cléo Nogueira Barbosa (Almerinda Chaves); Maria de Toledo Pontes (avenida Dr. Cavalcanti/foto acima), Cleonice Adolpho de Faria(jardim Guanabara) e Anna Pontes Chagas, no jardim América (as três fotos abaixo, na sequência). O gestor de Educação da Prefeitura de Jundiaí, José Antônio Parimoschi, confirmou o estado precário das escolas municipais e responsabilizou a administração passada, encabeçada por Pedro Bigardi. Afirmou ainda que foi feito um levantamento das necessidades de obras de pequeno, médio e grande portes nas 112 Emebs. “De acordo com a disponibilidade financeira, as obras estão sendo realizadas”, disse o gestor. O ex-prefeito Pedro Bigardi disse estranhar as informações de Parimoschi. Segundo ele, a administração anterior foi a que mais investiu em Educação nos últimos anos em Jundiaí. “Foram R$ 25 milhões”, comentou. Para rebater as declarações do gestor, Bigardi citou uma série de reformas, recuperações e até construções de escolas municipais.

A primeira crítica foi de Cláudia Alencar. Referindo-se à interdição da escola infantil particular, ela disse achar engraçado que a Prefeitura nunca tenha interditado a Emeb Maria de Toledo Pontes. “O porão nunca foi limpo. As paredes estão mofadas. São um verdadeiro criadouro de ácaros”, disse. Cláudia afirmou ainda que foi professora na Emeb Cléo Nogueira Barbosa por 20 anos. “Durante todo este período, a direção pediu reformas e nada foi feito. A maioria das escolas da Prefeitura precisam de reformas. Mas é melhor interditar as particulares, não é”, comentou ela no Facebook do Jundiaí Agora.

parimoschi       PEDRO                     José Antônio Parimoschi                     Pedro Bigardi

Outra internauta, Tatiane Nunes, contou que a EMEB Cleonice Adolpho de Faria precisa de reformas urgentes no parquinho que, de acordo com ela, está muito perigoso. “Estão tentando arrecadar fundos para a reforma. Mas está difícil. A filha de espera é imensa. E os nossos filhos ficam brincando perto de barranco e com areia suja”, disse. Tatiane afirmou que tem outro filho na Emeb Anna Pontes Chagas. “Lá, os banheiros estão nojentos devido a falta de manutenção.Toda vez que entro na escola o chão está molhado por causa de vazamentos, colocando em perigo as crianças. Qualquer um pode levar um escorregão ali”, concluiu.

PRECÁRIO

PRECÁRIO

PRECÁRIO

“Corrigir problemas” – Segundo Parimoschi, “a administração passada deixou as escolas em situação precária de conservação. A gestão do prefeito Luiz Fernando Machado vem trabalhando para corrigir os problemas e melhorar as condições para os alunos de todo o sistema municipal de ensino”. Ele informou que a Prefeitura vem se mobilizando para solucionar os problemas. “Reformamos a Emeb Antonino Messina, no Jardim Bonfiglioli; pintamos a Reynaldo Montalvão Basile, no Tarumã; refizemos os telhados das escolas João Luiz de Campos e Melânia Fortarel Barbosa, no Jardim Florestal e bairro do Poste, respectivamente; e, em março, iniciamos a reforma geral, que custará mais de R$ 1,3 milhão, do prédio da creche Waldemir Savoy, no Tulipas, que estava fechada desde fevereiro de 2016, após apresentar problemas na estrutura”, disse. O texto da assessoria de imprensa afirma ainda que “mesmo com todas as dificuldades herdadas da gestão anterior, é prioridade da atual administração investir, com responsabilidade, na melhoria dos prédios escolares”.

O Jundiaí Agora questionou quais as emebs estão em pior estado. A resposta enviada explica que foi feita uma pesquisa, na qual as escolas elencaram cinco prioridades na área de reforma e manutenção. O Departamento de Obras e Manutenção Escolar visita diariamente as unidades para verificar as condições de manutenção e priorizar os atendimentos.

Os principais problemas estão nos telhados, calhas, infiltrações, necessidade de reformas das cozinhas e sanitários. Apesar disto, as crianças não correm riscos. Parimoschi afirma que há previsão de reforma de seis escolas: Joaquim Candelário de Freitas, Anézio de Oliveira, Pedro Clarismundo Fornari, Maria Ap. Silva Congílio, Maria de Lourdes G. Barros e Ranieri Mazzili. Os projetos de reforma das EMEB(s) Joaquim Candelário de Freitas e Maria de Lourdes G. Barros já estão em andamento. Os principais problemas são telhado, calha, infiltrações, reforma de cozinha e sanitários. As crianças não correm riscos.

Os valores só serão conhecidos após a conclusão dos projetos de reformas, que e serão executados de acordo com a disponibilidade financeira. Em relação à EMEB Anna Pontes Chagas, a reforma dos banheiros está no cronograma da pasta e também será realizada de acordo com a disponibilidade financeira. A revitalização do parque da EMEB Cleonice Adolpho de Faria será feita por meio de uma parceria entre a UGE e a unidade escolar.

Outro lado – O ex-prefeito Pedro Bigardi disse que evidentemente existem escolas que precisam melhorias. Contudo, nos quatro anos do meu governo investimentos R$ 25 milhões em recuperação, reformas e construção. É um investimento alto”, comentou.

“Das 114 escolas municipais de Jundiaí, 60 receberam algum tipo de melhoria na administração passada”, explicou Bigardi. Ele continuou: quatro escolas foram construídas. Quatro quadras foram cobertas. A escola do bairro da Roseira, que estava fechada, foi reformada e reaberta em sistema integral. A escola do Terra Nova também foi reformada e passou a funcionar integralmente. Fizemos mini-coberturas para 30 estabelecimentos de ensino. No Engordadouro, asfaltamos a rua da escola. No Nove Horizonte, duplicamos e cobrimos a quadra.

Ele lembrou ainda problemas pontuais que tiveram de ser solucionados às pressas. “A escola do jardim Tulipas, construída na administração anterior à minha, teve problemas graves na fundação. Ela foi interditada pela Defesa Civil e tivemos de levar as crianças para o Eloy Chaves. Um temporal destelhou a escola do Morada das Vinhas. Recuperamos o telhado todo do local”, concluiu.

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