Aos 13 anos, quando já tocava violão, Felipe Andreoli foi convidado para participar de uma banda da escola que estudava. Precisavam de alguém que tocasse Baixo. Ele topou e uma semana e meia depois fez o primeiro show. Daí para frente Felipe não parou mais. A segunda parte da entrevista com o baixista da banda Angra, que tem 40 anos e nasceu em São Paulo:  

O que fazia antes de virar músico?

Com 10 anos tive contato com a música. Comecei a tocar Baixo com 13. Na verdade, foi o instrumento que me escolheu. Foi meio por acidente. Tinha uma banda na escola que não tinha baixista. Eu tocava violão e os colegas sugeriram que eu tocasse Baixo. Tive facilidade para pegar o jeito. Foi muito rápido. O primeiro show ocorreu em uma semana e meia. Daí fui me aprofundando e estudando. Entre 15 e 17 anos sabia que queria ser músico para sempre e fui me preparando. Cheguei a fazer faculdade de Administração. Tranquei no terceiro ano. Fiz também faculdade de Música. Daí entrei no Angra e abandonei. A música sempre foi o plano A. Administração, o plano B.

Quais seus ídolos no início da carreira?

O baixista Metallica, Cliff Burton, que já morreu, era um dos meus ídolos. Mas eu ouvia muito Pantera, Dream Theater, Megadeath. Também ouvi muito Rock Progressivo. Aliás, cresci ouvindo este tipo de Rock em casa. Por sorte! E muito pop também: Michael Jackson, A-ha, Madonna, Tears For Fears. Sempre procurei tocar de tudo um pouco.

Imaginava que faria parte de uma das bandas mais reverenciadas dentro e fora do Brasil? 

Não. Sempre me visualizava num palco grande, num festival. A cabeça ficava viajando nestes sonhos. Conforme fui evoluindo e as oportunidades aparecendo, os sonhos foram ficando mais próximos até receber o convite do Angra. Mas não foi nada planejado. Até achava que não iria trabalhar com bandas. Pensava que seria acompanhante de algum artista. Então, eu me preparava para tocar vários estilos.

Como foi parar no Angra?

Entrei 2001 depois de ser indicado por várias pessoas, inclusive o Aquiles, baterista da banda, com quem já tinha tocado também. Naquela época eu não perdia oportunidade. Eu toquei com muita gente. Fui estudar no conservatório Souza Lima e lá conheci o Kiko Loureiro, que na época tocava no Angra; o Rafael e vários amigos em comum.

Por que escolheram este nome?

Angra é uma palavra do idioma português e a banda tem identidade forte com o Brasil. Em inglês, Angra parece ‘angry’(bravo). Tem uma sonoridade boa em qualquer país, em qualquer língua. Também existe um mito indígena no qual Angra é a deusa do fogo.

Há quantos anos estão tocando juntos? Muita gente já entrou e já saiu?

Em 2021, o Angra fará 30 anos. Eu farei 20 anos tocando baixo nesta banda. Já tivemos troca de integrantes sim.

Já tocaram no Brasil todo? E fora?

Já tocamos nos quatro cantos do Brasil e mais 35 países. Só não nos apresentamos na África. Já rodamos bem…

Quantos CDs já venderam? Quantos shows fazem por ano?

Acho que hoje seriam cerca de um milhão e meio de CDs. Nossos shows são por turnê. Quando lançamos um disco fazemos uma turno que tem entre 80 a 120 shows e leva dois anos para acontecer.

BAIXISTA DO ANGRA MORA EM JUNDIAÍ. E GOSTA MUITO

Qual é o público de vocês hoje?

Desde o garoto de 15 anos até o cara que começou a ouvir a gente nos anos 90 e hoje leva filho ou neto. Então, a faixa etária seria de 15 até 50 e poucos anos. Mas o público maior está concentrado na faixa dos 20 anos.

Já ouviu comentário do tipo “só fazem barulho, isto não é música”?

Já. Mas de quem nunca ouviu com atenção. O Angra é considerado heavy metal. E heavy é muito abrangente. Sepultura também é heavy metal. Só que tem vocais guturais. Quando ouvem o Angra e percebem que há melodia, que é agradável, mudam de impressão.

Existe crítica quando vocês tocam uma balada?

Para nós não. Isto acontecia nos anos 80 com bandas mais pesadas. Metallica passou por isto. Angra sempre foi conhecido por ter baladas bonitas.

Amanhã(11), a última parte da entrevista com Felipe Andreoli: os efeitos nocivos do rock para os astros que não estão preparados…

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