CALA-TE BOCA: A internet não é terra de ninguém…

CALA-TE BOCA

Você é humano? Então já deve ter feito um comentário infeliz em algum momento da sua vida, que até hoje te traz embaraço ou arrependimento. Parabenizar uma conhecida pela gravidez, sendo que a coitada está apenas acima do peso, é um “fora” clássico. No mundo real, depois da vergonha inicial, esse deslize é esquecido e vez ou outra pode até ser lembrado numa reunião de família, transformando-se em piada com o passar do tempo. Mas no mundo virtual, quando os dedos são mais rápidos do que o cérebro, o risco de digitar e postar uma mensagem inoportuna ou ofensiva é enorme e o resultado é uma catástrofe! Quando o texto cai na rede, não há como voltar atrás. Por isso a expressão cala-te boca é uma boa dica para quem não quer se ver em maus lençóis…

Mas tem gente que adora uma polêmica e quando posta declarações é com o intuito de criar confusão. O presidente Bolsonaro faz parte deste grupo com honras. E nem preciso listar as frases que ele disse, pois com certeza elas ainda repercutem na rede. A pior, na minha opinião, foi aquela: “E daí? “, quando indagado sobre o avanço do coronavírus no país. Sem dúvida, a boca foi mais rápida do que o cérebro. E ele nem ficou arrependido.

Mas Bolsonaro não está sozinho. Outros políticos também vomitaram expressões infelizes nestas últimas décadas e muitas delas tornaram-se verdadeiros clássicos. Não se lembraram do cala-te boca. “Estupra, mas não mata”, disparou o então governador Paulo Maluf e até hoje essa frase o persegue. Outra foi “relaxa e goza”, da então ministra do Turismo Marta Suplicy, sobre a pane dos aeroportos. Apesar de falecido, o ex-presidente João Batista Figueiredo ainda é lembrado pela sua sinceridade: “prefiro o cheiro de cavalo do que o cheiro do povo”. Quem anda em ônibus lotado, em horário de pico, sabe que ele tinha lá suas razões…

Mas com as mídias sociais em alta, agora não basta apenas postar mensagens infelizes, os usuários estão veiculando vídeos e aí fica muito mais difícil dizer que não disse, quando bate o arrependimento. Recentemente tivemos o caso de um padre de Minas Gerais que desejou a morte dos fiéis faltosos de suas missas por causa do coronavírus. Dias depois ele postou outro vídeo se desculpando pela língua solta. Só que o estrago já tinha sido feito. Se tivesse lembrado do cala-te boca…

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Quem pensa que pode falar o quer quiser nas redes sociais e sair ileso, pode começar a colocar as “barbinhas” de molho. Apesar de muitos considerarem a Internet “terra de ninguém”, hoje em dia está cada vez mais perigoso transformar as redes sociais em campo de batalha, confundindo liberdade de expressão com irresponsabilidade ou impunidade. Os crimes cibernéticos deixam vestígios e os autores são facilmente descobertos.

Veja o caso da modelo Luiza Brunet, que deve receber uma indenização de R$ 20 mil por causa de ofensas publicadas em redes sociais por outra mulher, que se declarou “fã” do ex-marido da modelo. Se tivesse ficado de boca fechada…(Foto: eju.tv)

VÂNIA ROSÃO

Formada em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na internet.

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