CLIMA começa em casa

CLIMA
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

Antes do coronavírus, a maior preocupação para considerável parcela da população consciente era a questão do clima. A ciência comprova que as coisas vão piorar ainda mais e não daqui a um século. É para já.

Em ano de eleições municipais, os candidatos a prefeito poderiam surfar nessa onda e mostrar criatividade pouco frequente no âmbito local. É a exploração do potencial para a adaptação urbana às necessidades presentes.

Elaborar estratégias e planos de adaptação climática para a cidade é o passo essencial no planejamento urbano. É urgente que as cidades se tornem mais resilientes e menos vulneráveis às tragédias que, sem dúvida, acontecerão a intervalos cada vez menores.

Algo que tem sido negligenciado, pela preservação da velha e carcomida política paroquial das urbes brasileiras, é a substituição da infraestrutura cinza, produzida pela engenharia convencional, por infraestrutura verde.

Como se faz isso? Mediante adoção de sistemas alternativos de drenagem, como a combinação de soluções de baixíssimo impacto, como corredores verdes urbanos, recuperação de córregos, reflorestamento de encostas, envolver a população na criação de ruas verdes.

São Paulo, esta insensatez que conseguiu congregar mais de vinte milhões de almas e a ignorar fronteiras de municípios lindeiros, cometeu um crime pelo qual está pagando elevadíssimo preço: enterrou centenas de córregos. Cursos d’água que alimentavam os três grandes rios, fator preponderante para que os jesuítas aqui fundassem o Colégio em 1554.

Outras cidades também seguiram o mau exemplo. Grande façanha seria recuperar os córregos e fazer deles parques lineares, não como hoje, alternativa de diluição de esgotamento ou de resíduo industrial, mas como diferenciado e saudável elemento de qualificação da paisagem urbana.

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QUE LÍNGUA PORTUGUESA É ESSA?

Um córrego com arborização e jardins no seu entorno é um instrumento capaz de se desincumbir de múltiplas funções: ecológicas, paisagísticas, estéticas, educacionais, de incremento à sociabilidade e lazer. Matéria-prima para recompor o tecido urbano de convívio polido e harmônico, sem o qual não haverá sentido de pertencimento, nem compromisso com a melhoria da vida local.

 Tudo isso é possível. Basta vontade política e inteligência mediana.

JOSÉ RENATO NALINI

Desembargador aposentado, reitor da Uniregistral, docente da Pós-graduação da Uninove e Presidente da Academia Paulista de Letras.

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