CONTRIÇÃO

CONTRIÇÃO

Hoje, para os cristãos católicos tem início o tempo da Quaresma. Tempo propício para se enxergar interiormente – não que os outros tempos não o sejam – e perceber com clareza aquilo que vai mal e, com a misericórdia e o poder de Deus, é possível mudar. Gosto da colocação de Clive Staples Lewis (1898-1963) sobre a Quaresma. Professor e tutor de literatura inglesa na Universidade de Oxford, é considerado um dos gigantes intelectuais do século XX e um escritor influente. Escreve em seu livro “Deus no banco dos réus”: “A época da Quaresma é dedicada especialmente ao que os teólogos chamam de contrição. (…) Contrito, como vocês sabem, é uma palavra traduzida do latim que significa triturado ou pulverizado. Pois bem, os homens modernos queixam de que há menção demais a este assunto em nosso Livro de oração comum. Eles não querem que seu coração seja pulverizado e não conseguem declarar com sinceridade que são ‘transgressores miseráveis’.”

Colocação forte e verdadeira. Na Liturgia de hoje se encontra a Leitura de Joel 2, 12-18): “Agora, diz o Senhor, voltai para mim com todo o vosso coração, com jejuns, lágrimas e gemidos; rasgai o coração, e não as vestes, e voltai para o Senhor vosso Deus; ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar o castigo”.

Penso que destacar o pecado social, sem buscar firme, primeiramente ou em paralelo, o que é preciso triturar dentro do próprio coração, como também escreve C.S. Lewis, afasta da “amarga tarefa de arrepender-nos dos nossos próprios pecados e, em vez disso, voltarmo-nos ao dever mais agradável de lamentar – mas, primeiro, de criticar a conduta dos outros. (…) Podemos nos entregar ao vício popular da maledicência sem restrições, sentindo o tempo todo, que estamos praticando a contrição”. É por isso que as ideologias – algumas até chamadas de teologia disso ou daquilo – que colocam o pecado social acima do pecado individual não me seduzem e nem me acrescentam nada.

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Permaneço rezando, todos os dias, o Salmo 50(51), que me cabe:
“… Eu reconheço toda minha iniquidade,/ o meu pecado está sempre à minha frente./ Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei,/ pratiquei o que é mau aos vossos olhos! Criai em mim um coração seja puro,/ dai-me de novo um espírito decidido./ Ó Senhor, não me afasteis de vossa face/ nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!…”(Foto: www.normisjon.no)

MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.

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