Estamos vivenciando uma série de crimes bárbaros que nos trazem perplexidade pela forma cruel como são cometidos e pelo envolvimento entre as partes: criminoso e vítima. Se um crime, pelo simples fato de ter acontecido, já nos deixa atônitos e inseguros, imagine só um pai matando um filho para atingir a mãe, um coleguinha matando a amiga, e por aí vai. Estamos diante de pessoas más, de sangue frio, intolerantes ou de pessoas com transtornos psicológicos?

A psicóloga Mariana Caroline Pradella explica que nos dias de hoje é possível ver adultos que se tornaram difíceis por consequências, muitas vezes, de feridas antigas, que estariam relacionadas a uma infância com dores, faltas, abandonos. E, dependendo do quanto essa pessoa mergulha dentro de suas dores, não tem consciência do que sente e, assim, despeja esses conflitos nas pessoas mais próximas.

Na semana passada, em São Paulo, um garoto de 12 anos matou a coleguinha de 9 anos. A frieza do menor chamou a atenção até mesmo das autoridades policiais, acostumadas à criminalidade.

Pradella comenta que a frieza e a crueldade se tornaram características marcantes de delitos cometidos por jovens, que são favorecidos por uma legislação que ameniza a sua punição. Além disso, os crimes cometidos por crianças, segundo ela, causam perplexidade porque temos dificuldade em acreditar que elas não têm capacidade de fazer o mal. Mas, dependendo do transtorno/distúrbio, é possível que a criança seja tão ou mais fria que um adulto ao cometer um crime.

E um pai que mata um filho para atingir a mãe que não o aceita de volta, como marido? O laço sanguíneo deveria ser o mais sagrado, diante da nossa religiosidade e/ou da nossa cultura, mas é rompido de forma abrupta, num crime bárbaro, que chocou o País.

O assassinato ocorreu no Paraná e, antes de jogar o carro contra uma carreta, o pai fez o filho gravar uma mensagem de despedida e enviar para a mãe. Imaginem o que passou pela cabeça daquela criança, vendo que seu fim estava diante de seus olhos. Tempos de intolerância ou de insanidade?

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No Maranhão, uma jovem de 19 anos matou a filha de 3 anos após ela defecar na roupa. A pequena menina foi torturada pela mãe, teve braços e pernas quebrados ao ser pisoteada e foi estuprada com um cano. Além disso, a mãe desferiu vários golpes na cabeça da criança, causando cortes profundos. Por que ela descontou na própria filha, uma criança indefesa, tamanha raiva e crueldade?De fato, uma pessoa assim não está em seu estado normal.

Nos últimos meses vimos dezenas de crimes bárbaros ocorrerem. Estamos vivendo dias difíceis, de verdadeira barbárie. Mas, como saber se a pessoa que está ao seu lado, convivendo no mesmo ambiente, não vai lhe fazer mal? A insegurança parece rondar as nossas vidas, em casa, no trabalho, no lazer. E conviver com isso não tem sido tarefa fácil.(Foto: blog.ipog.edu.br)


VALÉRIA NANI

É jornalista pós-graduada pela PUC-Campinas e trabalha como assessora de imprensa

 


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