A maneira como os políticos se despedem de um ano em suas redes sociais mostra muito o que pretendem fazer no próximo. Quem está de olho nas eleições de outubro presta contas e mostra que trabalhou direitinho. Já os que não têm aspirações a outros cargos, reforçam seus discursos. Pouquíssimos utilizam o espaço para reflexões que escapam da política.

Gustavo Martinelli, vereador e presidente da Câmara de Jundiaí, é nome quase certo para disputar uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele publicou um vídeo de prestação de contas:


Já o deputado federal Miguel Haddad está de olho na reeleição. No decorrer deste mês, o ex-prefeito de Jundiaí publicou várias imagens mostrando o que fez e o que não fez em Brasília:

       


O deputado estadual Junior Aprillanti, que também quer a reeleição, colocou fogos de artifício na sua foto do perfil do Facebook para comemorar a chegada de 2018. Só faltou a taça de champanhe para brindar…


O presidente do PDT de Jundiaí, o ex-vereador Gerson Sartori usou a mesma ferramenta que Gustavo Martinelli: postou um vídeo dos momentos mais importantes dele no ano. A publicação acabou com qualquer dúvida se Sartori seria candidato. Resta saber se ele quer a Assembleia Legislativa ou a Câmara dos Deputados em Brasília.


O vice-prefeito Antônio de Pádua Pacheco também deverá ser pré-candidato a deputado estadual. Em seu post até diz ‘que venham novos desafios’:


Os ex-prefeito Pedro Bigardi deverá ser candidato a deputado estadual. Seu post, porém, não deixa isto evidente. Ele publicou várias fotos referentes ao texto abaixo. Nenhuma menção, mesmo que sutil, aos novos caminhos políticos que deverá seguir em 2018: 

Que em 2018 a gente possa…
Receber um abraço carinhoso;
Dar atenção aos animais;
Ser criança brincando no chão;
Admirar a natureza;
Amar uns aos outros.
FELIZ 2018 A TODOS!


O vereador Faouaz Taha, que não é candidato a nada no próximo ano, aproveitou para lembrar o sofrimento dos animais como os fogos de artifício. Esta foi uma das bandeiras de Taha neste ano. Apresentou projeto proibindo os fogos de estampido e apesar do apoio de quem tem bicho de estimação, não teve a proposta aprovada…

 


Outro que não deverá disputar as próximas eleições, o vereador Wagner Ligabó, destoa dos outros políticos quase sempre. E desta vez não foi diferente. Ele publicou um texto longo, o que já é rotineiro, com o título “Felicidade Realista”. Vale a pena ler: 

“FELICIDADE REALISTA”
Apesar de não apreciar textos de auto-ajuda, este aqui, que tenho guardado há tempos, me agrada e casa com a época de fim de ano quando normalmente fazemos um inventário dos anos que vivemos até agora.

Atribuem-no à Quintana, mas não é. O poeta gaúcho, conhecido como o “poeta das coisas simples”, era mais robusto em suas escritas, mas o texto acalma por realidades fáceis de entender. Boa leitura, aguardando 2018 chegar de manso, tal como ‘vento haragano’ que sopra nos pampas.

A princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser esbeltos, sarados, irresistíveis.

Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.

E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos amor no maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão!

Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.

Olhe para o relógio: hora de acordar É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.

Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo. Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.

Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade…Bom dia, bom ano, boa vida! Dr. Wagner Ligabó

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