Muito antes de Jundiaí ter um velório moderno, os finados e suas famílias ficavam num espaço muito mais acanhado. Nos anos 1980, o Velório Municipal ficava na avenida Henrique Andrés, com a fachada virada para o cemitério(foto principal/acima). Hoje o local é ocupado por um estacionamento. No dia 2 celebra-se o dia dos mortos. Então, vamos voltar ao passado que é cheio de lembranças, saudade, curiosidades. Tem até uma história macabra para você:

Trinta anos antes, o prédio que hoje abriga o Velório Adamastor Fernandes começou a ser construído. Mas a finalidade da obra era bem diferente. O local serviu como Departamento de Águas e Esgoto da cidade. A foto mais acima mostra o prédio cuja entrada(como velório) fica na rua Professor Luiz Rosa. Já a foto seguinte foi tirada da rua Dr. Campos Sales. O local pouco mudou…

Em 1937, a fachada do Cemitério Nossa Senhora do Desterro, atravessando a rua, era assim. Não é possível ver sepulturas. Os muros nas laterais foram substituídos por portões com grades. Mas, a principal diferença está na própria rua Henrique Andrés. Não há carros estacionados em 45º nem movimento de veículos de lá para cá e vice-versa. Faltam também as árvores nas calçadas. (Foto Ideal-Janczur).

Esta foto é curiosíssima. Data: 6 de setembro de 1950, Dia do Alfaiate. Local: Cemitério Nossa Senhora do Desterro. Naquela época, no dia dos mortos, homenagens aos profissionais que tinham partido eram bastante comuns. Hoje ainda no Dia dos Pais e das Mães, principalmente com celebrações de missas. Além de celebrações como esta terem ficado no passado, a  profissão de alfaiate virou raridade. (Foto Rosane Lopes Ferigato)

As duas fotos acima são do acervo de Sílvia Rocha. Ela conta que a primeira mostra o carro fúnebre da Funerária Bonifácio que ficava na Rua V. JJ Rodrigues, num casarão hoje ocupado por uma pizzaria. (Casarão da Pizzaria Monte Carlo). A funerária foi fundada pelo bisavô dela, Bonifácio José da Rocha, que veio da cidade dee Paredes de Coura, em Portugal, onde era carpinteiro.

O primeiro bispo de Jundiaí Dom Gabriel Paulino Bueno Couto morreu no dia 11 de março. O velório ocorreu na Catedral Nossa Senhora do Desterro, que na época ainda era ‘Matriz’. Escolas estaduais da cidade e região mandaram os alunos participar da cerimônia. Durante todo o dia multidões passaram pela igreja. O corpo de Dom Gabriel está na cripta da própria Catedral. (Foto: Arquivo Memorial Dom Gabriel)

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Raríssimo registro do funeral do dr. Domingos Anastásio, no dia 21 de Julho de 1938. O médico italiano, que mais tarde viria a dar o nome à extinta Casa de Saúde(hoje Hospital Regional), tornou-se um ‘santo’ para muitos jundiaienses. Em vida, ajudou muita gente. Depois de morto, teria feito vários milagres. Seu túmulo é um dos mais visitados no Cemitério Nossa Senhora do Desterro.

Há quase 100 anos nascia a lenda de Maria Polito, outra imigrante italiana, que passou a ser tida como ‘santa’. Ela foi brutalmente assassinada pelo próprio marido, Emílio Lourenço, com 18 facadas. Tudo porque ela confessou que fora molestada sexualmente anos antes. Maria Polito, embora morasse em São Paulo, foi enterrada no Cemitério Nossa Senhora do Desterro. O assassinato está no imaginário do jundiaiense até hoje. Pudera! Foi uma história macabra e que na época teve até com revista contando a história da vítima(acima). Até hoje, no dia dos mortos, finados, o túmulo de Maria Polito é muito visitado. Há quem acredite que ela faz milagres…

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