EDUCAÇÃO HÍBRIDA e a Escola de Gestão

EDUCAÇÃO HÍBRIDA

Nestes tempos pandêmicos escolas em geral têm buscado meios e fórmulas para manter suas propostas de aprendizagem. As escolas regulares com regras, seriações e pré-requisitos, e todas as outras, de ensino livre, como as escolas de idiomas, e as escolas de qualificação, como a Escola de Gestão de Jundiaí. Para todas elas os caminhos a seguir e como serão desenvolvidas as atividades nos próximos anos parece um tema recorrente. Nestes casos tenho respondido que a educação híbrida que foi de grande valia neste período que estamos passando combinando diferentes modalidades de ensino veio para ficar. Independente dos objetivos e propostas de qualquer instituição de ensino as metodologias ativas e o ensino híbrido certamente terão que ser incluídos para viabilizar os novos paradigmas educacionais de foco no aluno e na sua aprendizagem.

Escolas, desde sempre, tiveram o ensino como elemento fundamental. Era comum ver nas suas divulgações expressões como: “ensino forte” ou “ensino de qualidade”. Esta não será mais a tônica. Não que o ensinar perdeu sua importância, continuará a ser um dos pilares fundamentais do processo educativo, mas a forma, os métodos e as modalidades, não serão mais os mesmos. Não bastará encontrar alguém que tenha conhecimentos sobre um assunto para acreditar que ele será capaz de ensinar alguma coisa diante de uma demanda específica de estudo ou qualificação. Este era o método que o engenheiro Jayme Cintra que dá nome ao estádio do nosso glorioso Paulista de Jundiaí utilizava. Colocava um aprendiz de maquinista com um maquinista experiente e depois de alguns anos formava um novo maquinista. Não temos mais “anos” para formar alguém. A obsolescência das funções determinada pela velocidade das mudanças tecnológicas exige capacitação rápida e eficiente. A aprendizagem passou a ser o fundamental.

Neste sentido a lembrança da Escola de Gestão de nossa cidade, com o objetivo de qualificar nossos funcionários e contratados para atender necessidades emergentes parece relevante. Pois para cumprir suas funções ela deverá estar didática, pedagógica e metodologicamente preparada, inclusive, quando for o caso, para capacitar e aperfeiçoar seus docentes. A migração do processo educativo para estas novas propostas não se faz de modo simples. Será preciso orientação adequada do planejamento ao desenvolvimento das propostas pedagógicas, sob pena de investirmos em formações com resultados insatisfatórios ou mesmo inexistentes. Pessoas submetidas a horas de atividades escolares, muitas vezes fora de seu horário de trabalho, para no final constatar que o aproveitamento passou longe do desejável. Esta nova realidade educacional demandará um considerável grau de entendimento e disposição, pois escolas, em geral, são extremamente resistentes a mudanças, apoiadas pelo senso comum das famílias que buscam oferecer a seus filhos a educação que tiveram e acreditam, muitas vezes, que é melhor que a atual. Não, não é. O processo educativo tem evoluído com a incorporação de diversas tecnologias, que nem sempre vêm acompanhadas das necessárias mudanças metodológicas.

A internet e a comunicação rápida com o uso de aplicativos reduziram consideravelmente o tempo de atenção que as pessoas estão dispostas a oferecer, assim se não houver interatividade, intensa participação dos estudantes nas atividades educacionais propostas, a qualidade e a eficiência da aprendizagem estarão irremediavelmente comprometidas. Deste modo, qualquer que seja a escola ou sua área de atuação é absolutamente indispensável que o planejamento criterioso, o preparo docente, a escolha das metodologias e o uso da educação híbrida façam parte do processo. A escola não mais se limitará aos seus espaços físicos com o uso da educação híbrida. Será possível aprender em diferentes lugares e tempos desde que a escola se prepare para isto e os planejamentos, quaisquer que sejam as propostas ou os cursos estejam organizados para isso. Ganharemos tempo e possivelmente eficiência, pois as atividades síncronas e as assíncronas estarão contempladas no projeto facilitando a vida do estudante.

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Repetimos, apenas para ficarmos na questão específica da docência: acreditar que o conhecimento, ainda que amplo e rastreado em grande experiência, é suficiente para transformar alguém em professor é um erro que não podemos mais cometer, pois estaríamos investindo em programas e cursos que não atenderiam seus objetivos, levaria ao descrédito por parte dos participantes e seria um desperdício de recursos. Há muito que fazer.(Ilustração: www.ufrgs.br)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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