“Lugar de lixo é no lixo”! Ao que tudo indica, esse ensinamento, que vem da infância, não é levado para a vida. Pelo menos na maior parte do País. Se não bastasse caminhar pelas ruas tropeçando em sujeira, quando cai uma chuvinha termos a certeza que a coisa vai de mal a pior. É enchente na certa.

Dias atrás, estava passando pela marginal do Rio Tietê e vi voar, do veículo à frente, uma garrafinha, provavelmente de refrigerante. A vontade que tive foi de pegar o objeto e devolver ao dono. Infelizmente, não dava para fazê-lo.

Diariamente, no meu deslocamento ao trabalho, utilizo ônibus intermunicipal. O percurso dificilmente excede a 60 minutos, porém, é tempo suficiente para que passageiros deixem nos assentos saquinho de salgadinho, comprovante de passagem do coletivo, copinho de água vazio etc. Como se fosse muito trabalhoso dispensar o próprio lixo em um cesto apropriado. Hoje, temos muitos espalhados pela cidade e, principalmente, na rodoviária.

Aqui, só criamos a cultura de separar as latinhas porque elas rendem uma boa graninha ao vendê-las. O povo ainda não aprendeu que, ao separar o lixo reciclável, favorecendo a coleta seletiva de lixo, além de fazer um bem danado ao meio ambiente, estaria se beneficiando com mais qualidade de vida.

Numa enchente, o que mais vemos são garrafas pets se sobrepondo nos rios, bocas de lobo e afins. O cidadão, empenhado em dispensar aquilo que já não lhe serve mais, utiliza calçadas e rios como depósito até para sofás, armários, restos de materiais de construção e muitas outras coisas inimagináveis àqueles quem cumprem direitinho o seu dever.

E os problemas são mais graves na periferia. Cá entre nós, não há coleta de lixo que dê conta de tamanha falta de cidadania! E não é porque na periferia a coleta é mais rara. O sistema é o mesmo para as várias regiões, com dias estipulados para o serviço.

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Lembrando que um simples papel de bala jogado no chão já é uma grave infração ao meio ambiente. Esses papéis se acumulam e o resultado é aquele que vemos nos noticiários. O pior é que ainda temos a cara de pau de jogar toda a culpa no poder público. Claro, o ser humano acha que tudo deve ter um culpado, que não seja ele próprio, mesmo sendo ele o autor dessa transgressão.

Para mim, todos esses gestos seriam passíveis de multa, pois só ao mexer duramente no bolso do cidadão e estabelecendo penalidades é que ele começará a entender que aquilo é errado. Vale o velho ditado: “Se não aprende no amor, aprende na dor.”(Foto: Agência Brasil)


VALÉRIA NANI

É jornalista pós-graduada pela PUC-Campinas e trabalha como assessora de imprensa

 


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