Por feliz iniciativa do Secretário de Estado de Educação, Dr. José Renato Nalini, a Escola Estadual do Parque Residencial Almerinda Chaves, desde o final de dezembro do ano passado, passou a denominar-se “Dom Joaquim Justino Carreira” (foto acima). A Escola não possuía um nome próprio, mas somente o do bairro onde se localiza.

A denominação de um estabelecimento de ensino, ao possuir um patrono, carrega a proposta de que seja ele referência na formação educacional. Para issoé necessário que se conheça o perfil do homenageado e o que motivou sua história.

Deus foi a grande razão da história de Dom Joaquim (Bispo Católico Apostólico Romano – 1950 – 2013) e, para servi-Lo, dedicava-se à coerência, ao acolhimento, aos estudos, ao anúncio e à vivência do “caminho de luz”, com o propósito de que as pessoas encontrassem a verdadeira felicidade. E o que seria o caminho de luz? Aquele que carrega os valores da humildade, do discernimento, do bom senso, da perseverança, do caráter, da espiritualidade, da responsabilidade sobre as ações pessoais, da renúncia a qualquer vantagem que não seja por meios honestos e que faz da vida um generoso serviço ao semelhante. É o caminho da união fraterna, enquanto o oposto como da soberba, do aproveitar-se dos demais, da inveja, da difamação, da fofoca, da crueldade, da vingança, da preguiça, da vadiagem – caminho das trevas – leva à solidão.

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Enfatizava que a pessoa deveria preocupar-se com suas mudanças pessoais e não em querer mudar os outros, pois o testemunho, sim, pode influir positivamente no próximo. Insistia que: “Fortaleza é ficar firme diante dos acontecimentos, principalmente das dificuldades, tendo consciência de que não estamos sozinhos no caminho da vida”.

Em meio aos trabalhos de Dom Joaquim, no compromisso em curar os feridos, reanimar os abatidos e trazer de volta os que estão no erro, atuou junto: aos encarcerados nos presídios das cidades pelas quais passou, através da Pastoral Carcerária; às mulheres excluídas na Associação Maria de Magdala e aos moradores de rua no SOS e na Casa Santa Marta. Deixava claro que a caridade mata o mal, constrói a paz e liga o ser humano a Deus.

Que essa escola, tão bem dirigida pela Professora Marisa Pires Vicentim e equipe, possa permanecer como sinal forte de que a verdadeira sabedoria e a benevolência podem salvar a sociedade. (foto Associação Maria de Magdala)

CRIS CASTILHO VALE ESTAMARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de vulnerabilidade social.