Como a ESQUERDA de Jundiaí analisa as manifestações deste domingo?

Enquanto o PSL, MDI, Direita São Paulo e o Vem Pra Rua acertam os últimos preparativos para as manifestações deste domingo(26), a esquerda de Jundiaí torce o nariz para quem irá às ruas defender o governo de Jair Bolsonaro. O Jundiaí Agora entrevistou quatro representantes históricos deste espectro político: o ex-prefeito Pedro Bigardi(PDT); o ex-deputado federal pelo PT, Durval Orlato, e os ex-vereadores Gerson Sartori(PDT) e Marilena Negro, presidente do PT local até o fim deste ano. Também conversou com Mariana Janeiro, da nova geração socialista e que é suplente na Câmara dos Deputados, em Brasília, pelo Partido dos Trabalhadores.

Pedro Bigardi: É triste ver a situação do país. O Governo tem mostrado que está perdido, sem projetos, sem ações práticas. A população está sofrendo com o desemprego. Eu acho que manifestação é uma tentativa do Governo e do presidente de tentar unir forças, resgatar credibilidade que ele perdeu. É algo equivocado, coisa de quem está perdido no cenário político e sem ação governamental. É lamentável! Ele deveria começar a trabalhar. O país está parado. Ficam elegendo inimigos, vilões, para unir a tropa. Isto é errado. Ele (Bolsonaro) não mostra nada, nada, nada de perspectivas. Esta manifestação não tem sentido. Resumindo: este ato será uma farsa para esconder a incapacidade que o governo tem demonstrado nestes primeiros meses quanto as soluções para os graves problemas do país.

Gerson SartoriRespeito, mas não concordo com as manifestações. Elas serão uma cortina de fumaça plantada por Bolsonaro para desviar foco das graves denúncias envolvendo a família dele com milicianos e com o laranjal. Também não podemos esquecer do preço da gasolina, do gás, dos alimentos, o desemprego que aumentou em 1 milhão de pessoas afetadas e agora já são 14 milhões. Também tem os cortes de verbas na Educação. Estamos pagando a conta pela irresponsabilidade, despreparo e falta de compromisso deste Governo. A gente torce pelo Brasil e continua trabalhando. Só que fica difícil acreditar em alguém que diz que não nasceu para ser presidente…

Marilena Negro: Todas os movimentos e apoios do período da campanha parece que se dissiparam. Há muita divergência na direita sobre ir ou não para a rua. É um contraponta ao voluntarismo do presidente em fazer declarações. Parece que sobre as manifestações, Bolsonaro não teve tempo de desfazer e agora fica um grupo se mobilizando e outro não querendo os atos. O Governo tem dificuldade para mostrar o que está fazendo. Até agora enviou o projeto da Reforma da Previdência e está sofrendo com a dificuldade de articulação política. Este projeto corre o risco de ficar todo remendado feito um Frankestein, com todas as propostas que os parlamentares farão. O sonho da aposentadoria está mais longe, principalmente para as mulheres. O Governo também apresentou a flexibilização do porte de armas, que é contestada em todas áreas. O Pacote Anticrime é o mais visado. O ministro Sérgio Moro queria o Coaf para manipular as investigações. Deputados conseguiram manter Coaf no Ministério da Economia. O presidente não ataca os privilégios, embora o Governo tenha contratado garotas-propaganda caríssimas, como a Luciana Gimenez. Tem ainda a questão da Educação. De uma forma ou de outra, os jovens da classe média e rica também investem para entrar na universidade pública. Quando dos atos contra os cortes na Educação, o presidente chamou os manifestantes de idiotas úteis. Ele e a corja dele são os idiotas inúteis. Neste domingo, irão para as ruas com quais bandeiras? Acredito que veremos de tudo nestas manifestações que podem ser um tiro no próprio pé do Bolsonaro. Ele tenta chamar a atenção da opinião pública. Mas o Governo está indo ladeira abaixo. Por outro lado, o que acontecerá domingo mostrar o trabalho da grande imprensa, que ora bate da família Bolsonaro, ora elogia a Reforma da Previdência porque tem interesses. 

E NA DIREITA…

FUTURO PRESIDENTE DO PSL DE JUNDIAÍ FAZ CONVITE PARA AS MANIFESTAÇÕES E FALA SOBRE ELEIÇÕES 2020 

ORGANIZADORES EXPLICAM OS MOTIVOS PARA OS ATOS DESTE DOMINGO

Durval Orlato, atual secretário de Governo e Gestão da Prefeitura de Campo Limpo e que deverá se filiar ao PSB em breve: Toda manifestação pacífica é parte do processo democrático. Cada um se movimenta de acordo com certos consensos de grupos. Há movimentos de toda natureza e tamanhos. Nesta movimentação a favor de Bolsonaro, no domingo, é natural. Porém os objetivos não me convencem pois o atual presidente precisa, primeiro, mostrar a que veio. Não o faz, pelo contrário, acumula atitudes periféricas e desordenadas. ‘Patetagens’ que em nada estão contribuindo para o desenvolvimento do país!

Mariana Janeiro: A realização desta manifestações demonstram fragilidade do governo que tem pé- de-barro, se elegeu à base notícias falsas, pregando ódio, fazendo promessas sem saber se poderia cumpri-las. Hoje se vê cortes na Educação; um decreto de armas que vai volta e troca de ministros. Quem votou no Bolsonaro está com receio antes de seis meses de um Governo sem pé nem cabeça. É difícil sustentar esta manifestação quando figuras como a deputada Janaína Pascoal, do próprio partido do presidente, é contrária e as considera um absurdo. Quem está aderindo à manifestação ou é desinformado ou mal-intencionado. Os primeiros não percebem que temos um Governo maléfico, bagunçado e sem propostas. Agora, se a pessoa é informada, então é mal-caráter porque sabe dos desmandos. Será preciso saber separar quem é quem nesta manifestação. (Ilustração: dumielauxepices.net)

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