ESTRAGO do MP na administração Juvenal ainda não pode ser medido

ESTRAGO

O estrago feito pela investigações do Ministério Público na administração Juvenal Rossi, de Várzea Paulista, ainda não pode ser medido. Dois secretários pediram exoneração diante de informações divulgadas por um promotor do Gaeco(Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) afirmou que estariam em esquema de propina envolvendo a saúde pública. Ao deixarem a Prefeitura, David  Alexandre, gestor da Inovação e Planejamento e Mônica Rodrigues de Carvalho, titular da pasta da Saúde, preservaram Rossi momentaneamente. Na Câmara, a vontade de instalar uma CEI(Comissão Especial de Inquérito) é cada vez mais forte.

Desde o final de março, a conversa entre os vereadores é a abertura da CEI. Na época, o foco principal era a falta de asfalto em muitos bairros e também a segurança pública. Porém, o Gaeco chegou em ampliou o foco dos parlamentares, que se sentem pressionados pela população e afirmam que não têm retorno da Prefeitura nas reivindicações que fazem.

Os promotores colocaram Várzea na ‘Operação Ouro Verde’ e divulgaram que foram constatados desvios de verba da saúde com a participação da Organização Social Vitale Saúde. Os dois gestores que se exoneraram teriam recebido, de acordo com o Gaeco, R$ 170 mil para facilitar o esquema de corrupção na cidade.

Na semana passada, o MP fez um arrastão em Várzea. A operação ocorreu no dia 5 e a Prefeitura limitou-se a divulgar uma nota informando que vinha colaborando com o trabalho do Gaeco.

No dia seguinte, o Ministério Público divulgou o nome dos dois secretários e a desconfiança de que mais pessoas estariam envolvidas no golpe que seria  maior do que os R$ 170 mil.

O Jundiaí Agora tentou obter, através da assessoria de imprensa, uma nota oficial com o posicionamento de David Alexandre e Mônica Rodrigues. Obteve apenas a nota divulgada no dia anterior. O executivo varzino só se manifestou novamente quando do pedido de exoneração dos gestores.

Paternalismo – Juvenal Rossi era esperado na Câmara, para dar explicações, na sessão da última terça-feira(11). Segundo um vereador que não faz parte da base aliada do prefeito, por volta das 17 horas, ele teria chamado a tropa de choque que seria composta por sete parlamentares(foto) 

O chefe do Executivo, explica o vereador, escapou de uma sabatina que poderia levar à abertura da Comissão Especial de Inquérito. “Seriam feitas perguntas pesadas para ele. Por exemplo: por que, diante dos fatos apresentados pelo Ministério Público, não exonerou os dois secretários?”, disse o parlamentar. A impressão deste vereador é que Juvenal Rossi agiria com paternalismo exagerado.


Juvenal divulga que pediu informações ao Gaeco

Também na terça-feira, o prefeito Juvenal Rossi divulgou nas redes sociais que protocolou pedido de informações ao Gaeco, no dia 10 de dezembro do ano passado. Ele alega, na nota ilustra com foto dele em reunião com sete parlamentares, ‘que os 11 vereadores foram convidados’ para participar da reunião. 

A nota dele, na íntegra:

Sobre a Operação Ouro Verde, desencadeada pelo grupo especializado do Ministério Público, o Gaeco, desde a primeira chance proporcionada para conhecer da atuação ministerial, ainda que pelos meios indiretos e jornalísticos, de modo obscuro e de conteúdo ínfimo, este prefeito, imediatamente, protocolou requerimento registrado sob o n° 394/18 no próprio GAECO, em 10/12/2018, a fim de obter informações, detalhes e, enfim, ter acesso a todo o conteúdo referente à investigação instaurada, especialmente no que tange aos fatos vinculados à nossa cidade.

Ocorre que a investigação tramita em absoluto sigilo, inclusive, como é sabido de TODOS, essa Câmara Municipal Várzea Paulista, diligenciou à procura de informações junto ao Gaeco e também não obteve qualquer acesso regular aos autos do procedimento investigatório.

Jamais a Prefeitura procederia de forma injusta ou ilegal sobre algo que não fosse esclarecido em detalhes. É o que nos ensina a Constituição Federal e o Estado Democrático de Direito: “Ninguém é considerado culpado até que haja uma sentença judicial condenatória”.

Posso bem(sic), seguindo os ditames da Constituição Republicana, este Governo Municipal não poderia contrariar a Lei e a Ordem, porém SIM cumprir rigorosamente suas atribuições governamentais com isenção e serenidade.

Outrossim, acrescente-se que, até o presente momento, o processo instaurado pelo Gaeco continua em absoluto sigilo judicial a esta Prefeitura que, sem acesso aos autos, como todos em geral, acompanha-o através de informações da imprensa e pronunciamentos oficiais, obviamente sendo, portanto, importuno(sic) formar qualquer juízo de valor neste momento.


O fato é que as exonerações teriam servido de pretexto para que o prefeito de Várzea deixasse de ir à Câmara. “Ele falou para os colegas da base aliada que, com a saída dos gestores, não havia mais necessidade de prestar esclarecimentos”, disse o vereador que não fez parte da reunião do final da tarde de terça.

Haveria ainda mais um problema para que os parlamentares se posicionem de forma mais dura no que se refere a este caso de suposta corrupção: a operação deflagrada pelo Ministério Público é tratada com sigilo absoluto(conforme texto divulgado pelo próprio prefeito Juvenal Rossi, acima). Os vereadores de Várzea sabem o que é divulgado pela imprensa, ou seja, aquilo que os promotores podem e querem divulgar.

Ao que tudo indica, o grupo que não está alinhado com Juvenal Rossi aguarda o final das investigações da Operação Ouro Verde para tomar um posicionamento. Também não se sabe até onde eles podem ir já que a matemática não deixa dúvidas. Eles, os quatro, são minoria na Câmara Municipal de Várzea Paulista.

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