ETIQUETA

ETIQUETA

Quando eu era mais nova achava pedante fazer curso de etiqueta, hoje penso diferente, principalmente observando as pessoas que possuem essa educação social.

Já perceberam como elas sempre sabem o que dizer e como dizer? Nunca se constrangem. Sabem como se vestir para qualquer ocasião e sabem se comportar em qualquer roda social. São exemplos a seguir.

Esquisito esse tema? Nem tanto. Recentemente li uma postagem de uma pessoa que não é exatamente uma amiga, mas ela ensinou meus filhos a nadar quando bebês e os tratava com tanto carinho e atenção que passei a nutrir grande admiração por ela.

A postagem referia-se aos comentários que recebeu após a interrupção (indesejada) de suas gravidezes. Ela se refere aos seus bebês como borboletas. Achei muito lindo.

Ao todo foram três abortos e ela pedia, citando uma lista enorme de coisas que nós deveríamos ou não falar para uma mãe que perdeu seu bebê ainda na gestação.

Fiquei pensando em como nossa vida está complicada. O politicamente correto dificulta nossas relações. Tudo ofende.

Certa vez ofendi um conhecido por que desejei que Deus o acompanhasse e ele não acreditava em Deus.

Analisando as dores humanas, cheguei à conclusão de que a maioria de nós não vivencia todas elas em uma mesma existência, portanto não nos torna aptos a reagir de forma “correta” na maioria delas. Nossas reações dependem de nossa experiência pregressa.

Vou dar um exemplo prático: nunca havia convivido com uma pessoa deficiente até meu sogro sofrer um AVE (Acidente Vascular Encefálico) e ficar hemiplégico do lado direito.

Isso ocorreu há 21 anos e, no começo, ele saía de casa, ia viajar, mas a curiosidade das pessoas o incomodava. Eu respondia às perguntas por que as pessoas queriam saber sobre a doença e há pouco tempo eu também era ignorante naquilo.

A convivência com pessoas deficientes nas clínicas e no Sesi me mostrou outro universo. Aquele de dificuldades, de adaptação, de resiliência e de troca de experiências únicas. Se eu não tivesse participado disso, jamais saberia.

Como resolver isso? Deveríamos ter aula de etiqueta? Ou formação em diplomacia?

A situação pode ser amenizada nos informando, segurando a ansiedade em falar primeiro com a pessoa que está passando por dificuldades. É super fácil! Basta procurar no Google sobre regras de etiqueta. Tem para todas as ocasiões: luto, velório, reuniões profissionais, encontros sociais, mídias entre outros.

Sabia que não é educado puxar a cadeira para outra pessoa sentar? Que devemos levantar para cumprimentar quem acabou de chegar? Em um jantar nunca devemos nos sentar e nos servir antes do anfitrião.
E quem deve iniciar o cumprimento em uma reunião é sempre quem tem o cargo mais elevado?

Etiqueta não é só sobre o uso correto de pratos, copos e talheres.
Por outro lado, nem todo mundo se lembrará (ou vai querer) fazer isso e constrangimentos continuarão a existir. Para isso, eu gostaria de falar para aqueles que estão passando por dores e dificuldades: meus sinceros sentimentos e perdoe.

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Sim, perdoe porque se aquela pessoa chegou até ali é porque ela gosta de você, embora nem sempre saiba colocar isso em palavras. Não se magoe. Veja a intenção por trás do ato. O perdão faz bem à você.

“Perdoe os outros, não porque eles merecem o perdão, mas porque você merece a Paz.” Desconhecido

ELAINE FRANCESCONI

Bacharel em Zootecnia (UNESP Botucatu). Licenciatura em Biologia (Claretiano Campinas). Mestrado (USP Piracicaba) e doutorado (UNICAMP Campinas) em Fisiologia Humana. Professora Universitária e escritora. (Foto Unsplash/www.elle.vn)

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