FAIXAS DE PEDESTRES: Andanças que comprovam o desrespeito

faixas de segurança

Costumo caminhar regularmente algumas vezes na semana. Foram muitos quilômetros no ano passado e estou tentando manter minha média neste ano enquanto espero pela vacina. Nessas andanças pelas avenidas de nossa terra da uva constato o enorme desrespeito que a maioria dos motoristas, motociclistas e até ciclistas, tem com as faixas de pedestres.

A legislação de trânsito é muito objetiva em relação à prevalência do pedestre sobre todos os demais usuários de uma via pública na faixa de pedestres, como o próprio nome indica, classificando como infração gravíssima, passível de multa e pontuação que desrespeita as faixas, que, no entanto, são frequente e continuamente invadidas sem o menor cuidado com os transeuntes.

Do mesmo modo observo que as sinalizações de ‘pare’, no solo ou em placas, antecedendo a entrada em uma via preferencial, parecem não ter nenhum significado, pois no máximo reduzem a velocidade tempo suficiente para uma olhadinha e seguem. Essa combinação de desrespeito, à sinalização de parada e a invasão das faixas de pedestres, já me custou grandes sustos e quase atropelamentos. A reação do motorista, nestes casos, vai das desculpas consternadas aos xingamentos, como se a sinalização estivesse ali só para constar. Certa vez ao alugar um carro nos Estados Unidos a atendente, diante da minha documentação de brasileiro, me alertou que a maioria das multas aplicadas aos tupiniquins era por não respeitar as sinalizações de ‘pare’. Insistiu: onde houver sinal de pare, pare. Diminuir a velocidade e olhar não é suficiente. Embora o princípio seja o mesmo, parece que aqui esta moda não pegou. O pedestre que se cuide.

Curiosamente noto que a cultura de que a preferência é do veículo pode ser vista até na reação dos pedestres que, quando alguém para antes da faixa para o pedestre atravessar, agradece, como se o ato fosse decorrente da gentileza do motorista e não um de direito seu. Cabe, aqui, fazer uma ressalva sobre o comportamento do pedestre que também não respeita as leis de trânsito e atravessa fora da faixa. A conscientização deve ser geral.

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Para não ficar nesta postura pós-moderna de criticar sem nada propor gostaria de sugerir à nossa Unidade de Gestão de Mobilidade e Transporte uma campanha de respeito às faixas de pedestres, preferencialmente com textos mais incisivos. Ao invés da tradicional “respeite a faixa” seria mais contundente dizer: “invadir a faixa de pedestres é infração gravíssima”. Motoristas, em geral, desenvolveram o hábito de desrespeitar essas sinalizações que protegem o pedestre e o fazem com se elas não existissem. Cabe alertá-los. Quem sabe assim todos nós, usuários das vias públicas, pudéssemos caminhar em segurança sem o risco de atropelamentos ou sustos.

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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