FAOUAZ TAHA não desistiu do projeto para proibir rojões

Estreante na Câmara de Jundiaí e o mais jovem a ser eleito em 2016, Faouaz Taha (PSDB), gostou do primeiro ano de mandato. Assumiu a liderança do prefeito Luiz Fernando Machado na Câmara e apresentou projetos que causaram grande debates, como o que proibia a venda de rojões com estampidos. Uma iniciativa louvável e que tinha o objetivo de proteger animais e pessoas doentes. A proposta acabou sendo rejeitada. Porém, Taha – que é colaborador do Jundiaí Agora escrevendo quinzenalmente – afirma que a discussão em torno do projeto só deu mais ânimo para tentar aprová-lo novamente.

Como avalia o ano passado?

O ano de 2017 foi muito produtivo. Por ser meu primeiro ano de mandato e minha primeira experiência em um cargo público, acredito que tive oportunidades de grande aprendizado. Estar no Legislativo é uma tarefa diária de tentar encontrar um intermédio para as demandas da sociedade e a capacidade de execução da administração pública. Compreender este equilíbrio nem sempre é fácil – para nenhum dos lados – mas é um aprendizado enorme. Acredito que pude propor importantes debates na cidade neste ano, como a campanha ´Rojão em Jundiaí Não!´, ao lado dos meus colegas Paulo Sérgio Martins, Leandro Palmarini e Rafael Antonucci. Embora o projeto tenha sido rejeitado, conseguimos mobilizar a cidade e envolver agentes. Não pretendo desistir desta ideia. Também propus a cobrança do custeio dos acidentados em rodovias por parte das concessionárias e acredito que, ainda que houvesse a barreira da ilegalidade, este debate é muito necessário para buscarmos recursos de fato ao São Vicente. Construí muitas propostas junto com a população e a pedido das pessoas; discutimos o bullying em um fórum sobre educação; discutimos a importância da valorização da vida e prevenção ao suicídio e, agora, encerraremos o ano com o 1º Fórum sobre Prevenção ao Uso de Álcool e Drogas no município. Portanto, finalizo este ano satisfeito com as moções, projetos e ações de minha autoria, mas estou certo de que há ainda muito pela frente. O momento político não é bom para ninguém, nem mesmo para a população, porque diante de um desgaste sistemático da classe política, é difícil convencer que tentamos fazer diferente. E nesta dificuldade, o próprio eleitor subestima sua força de representação. Mas eu não irei desistir.

Quais as principais vitórias? Tem algum arrependimento?

Acredito que as principais vitórias, como citei acima, foram os debates proporcionados. Nem sempre a aprovação unânime de um projeto de lei é nossa única vitória. Se eu conseguir passar a mensagem e articular para que as pessoas reflitam a respeito, fico satisfeito. Claro que queremos ver nossas ações e ideias em prática porque o objetivo é que elas contribuam com a cidade, mas diante de tantas demandas, nem sempre é possível ‘vencer’. Acredito que a campanha pelo fim dos fogos com o estampido foi uma vitória parcial, pois o debate nos deu ânimo para quem sabe um dia tentar novamente a aprovação. Acho que derrota é uma palavra forte, mas talvez um lamento deste ano seja ter visto tanto ódio instaurado nas discussões. Sabemos que as opiniões são divergentes e a democracia é isso, mas seria interessante ver no próximo ano debates de bom nível, sem ofensas e com maior respeito dentro da Câmara Municipal, de todos os lados.

Não tenho nenhum arrependimento. Fico feliz em poder também manter contato e canal abertos com a população por meio das redes sociais, das ‘lives’ e dos vídeos que faço para fomentar a transparência. Em 2018, quero dar continuidade à criação de bons projetos, bons debates e já temos alguns em andamento. Além disso, quero também estar mais nos bairros, próximo da população e um cronograma está em andamento para isso.

Próximas eleições: o senhor é candidato a deputado? Acha que os trabalhos ficarão mais lentos no Legislativo por causa do pleito? Quantos deputados deverão ser eleitos por Jundiaí?

Não pretendo me candidatar a deputado. Sou vereador e vou cumprir meu mandato. Apoiarei os candidatos do PSDB, Gustavo Martinelli e Miguel Haddad. Certamente, as eleições trazem outro peso. Da minha parte, pretendo trabalhar normalmente e buscar o mesmo ritmo dinâmico de 2017. Acredito que as questões político-partidárias não devam interferir no bom andamento da cidade.

É difícil dizer quantos deputados consigam se eleger. Mas torço para que tenhamos bons representantes na Assembleia e no Congresso e acredito que o PSDB terá ótimo quadro para isso. O objetivo é que possamos ter com quem dialogar para buscar reforços à região de Jundiaí.

Como viu a atuação da Câmara de uma forma geral?

Acredito que a Câmara teve um ano difícil, mas também de boas novidades. Temos um presidente jovem, com ideias novas e abertura a uma política também diferente. Foi criado o ‘Parlamento Jovem’ que pretende envolver os jovens da cidade no interesse pela política e coletividade. Por outro lado, claro que houve votações polêmicas, sessões conturbadas e desgastantes, mas avalio todo esse processo como um aprendizado, sobretudo, para os que começaram neste mandato.

Satisfeito com o Executivo?

Em relação ao Executivo, também vejo avanços. A dificuldade é financeira e já conhecida. De fato, a atual gestão herdou dívidas passadas e tem colocado a casa em ordem por essa razão. Nem sempre medidas mais austeras parecem positivas, mas muitas são necessárias para que a cidade continue a progredir e tenha condições de melhorar seus serviços. Espero que a administração tenha o fôlego que necessita principalmente para oferecer a população o que todos mais precisam.

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