FITAS CASSETE. Você lembra? Paulinho Maurício coleciona!!!

Há algumas décadas não tinha essa de baixar música da internet. Aliás, nem internet existia. Então, o jeito era ir até uma loja especializada e comprar um LP, o popular ‘bolachão’, uma fita cassete virgem, para gravar diretamente do rádio(e torcer para o locutor não falar no meio da canção) ou comprar uma fita já gravada com os sucessos, que evidentemente era mais cara do que a zerada e mais barata que o vinil. O radialista Paulinho Maurício sempre gostou das que vinham direto das gravadoras. Foi comprando, comprando e fez uma grande coleção. Hoje, guarda muitas fitas cassete, mídias já obsoletas porque os aparelhos usados para reproduzir o som, os toca-fitas, também são peça de museu. A paixão é tanta que nem pensa em se desfazer delas. A entrevista com Paulinho Maurício:

Quando surgiu esta paixão por fitas cassete?

Começou por conta do rádio, bem pequeno com meus 10, 12 anos, em São Paulo, capital, no começo da década de 1980…

Por que a preferência por elas e não LPs?

Também tenho disco de vinil. Mas as fitas cassete foram “dominantes” por conta do rádio que na época trabalhava com o famoso “cartucho” que nada mais é que uma caixa plástica com uma fita magnética dentro. O que mais se aproximava do cartucho eram as fitas cassete. Eu as utilizava além de música, também pra gravar os breaks comerciais e vinhetas para serem utilizadas na minha rádio imaginária que mantinha no meu quarto. Tinha três gravadores e reprodutores de cassete, microfones e outros aparelhos. Para mim, a rádio de brincadeira era coisa séria. Cumpria horário religiosamente todos os dias no meu quarto. Era como se eu estivesse trabalhando numa emissora. Enquanto isto, meus amigos me chamavam jogar bola na rua. Eu sempre preferi ficar no quarto transformado em estúdio pra brincar que estava no ar, apresentando um programa…

Por que comprava as originais, as feitas pelas gravadoras e não as virgens?

Eu as achava esteticamente mais bonitas. As capas delas eram reproduções em miniatura das capas dos álbuns. Em relação aos bolachões, as fitas eram mais fáceis de acomodar e transportar…

E qual era o estilo de música que estas fitas traziam…

Aos 10 anos meu irmão mais velho, o Andrezão, me apresentou o bom e velho rock: Kiss, Rush, Black Sabbath e outras bandas. A partir daí não larguei mais o rock. Lá se vão 39 anos que curto e coleciono rock.

Quantas fitas chegou a ter?

No auge cheguei a ter mais de 300 fitas cassete. Hoje sobraram poucas unidades, mas são raras, oficiais inclusive.

E consegue ouvi-las?

Não tenho mais toca-fitas. Mas ainda ouço e consumo música no seu formato físico, em CD preferencialmente.

Se não ouve, por que guarda?

Guardo por ser raridade. São mídias originais, com capas oficiais e porque me traz lembranças da minha infância, lembranças bem bacanas. Não vou me desfazer jamais destas que sobraram.

Sua esposa não reclama do espaço que elas tomam?

A minha mulher curte também essas coisas vintage. E não tenho tantas. Tenho só umas 40 peças.

Para quem nunca viu uma fita é bom explicar que elas podiam enroscar no aparelho enquanto estavam tocando ou até se romper. Você era daqueles que jogavam fora a fita ou a consertava?

Eu amava consertar as fitas. Abria com cuidado a caixinha plástica e arrumava com todo cuidado. Mantinha limpo os cabeçotes dos gravadores. Por isto não perdi muita fita não. Também é legal lembrar que ostentação naquela época era comprar as famosas fitas de cromo que tinham qualidade superior, fidelidade sonora melhor. Só que eram mais caras.

Você mostra o que restou da coleção para amigos e parentes?

Eu estava até pensando em subir um vídeo no meu Instagram mostrando estas raridades. Mas isto nunca rolou. Com essa matéria do Jundiaí Agora tenho a oportunidade de dividir parte dessa história “sonora” da minha vida. Muito legal!

O que você tem a dizer para as gerações que nunca viram ou ouviram uma fita cassete?

Pode parecer arcaico ter de enrolar uma fita usando caneta esferográfica, procurar uma música adiantando a fita. Mas conseguir gravar aquela música que você queria há um tempão pelo rádio era uma emoção ímpar que só quem vivenciou sabe descrever…

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