Com visual futurista PRIUS é aperitivo do que vem por aí

À primeira vista o Toyota Prius choca pelas formas exageradas, futuristas. Chama a atenção por onde passa e é capaz de deixar perplexos motoristas e pedestres, que ficam tentando entender como é que esse carrinho de aparência estranha consegue ser tão silencioso. Já quem vai do lado de dentro, tem a impressão que a qualquer momento o carro vai assumir o comando e se virar um Transformer. Acredite, essas são algumas impressões que a gente detecta ao rodar com um dos híbridos mais famosos e populares do planeta.

Popularidade de um dos pioneiros – Se por aqui o Prius ainda causa espanto, o modelo é o grande responsável pela popularização dos carros híbridos, que unem motores elétrico e a gasolina, no mundo inteiro. Ele já se integrou à paisagem das cidades da Europa e dos Estados Unidos, onde deixou de ser uma atração e para se tornar apenas mais um híbrido rodando silencioso pelo trânsito. Lançado há 21 anos no Japão, mais precisamente em 1997, esse Toyota começou a se popularizar de verdade a partir de 2001, quando passou a ser vendido em vários países.

Vale lembrar que no Brasil, tanto a oferta, quanto a demanda pelos híbridos ainda é muito pequena. É o que a indústria automotiva costuma chamar de segmento de nicho. Além da Toyota, a Ford também tem um híbrido em sua linha de modelos. Trata-se do Fusion Hybrid, que pelo visual mais comportado, certamente já cruzou o seu caminho sem despertar tanta atenção. Mais luxuoso, para ter o privilégio de rodar no híbrido da Ford é preciso desembolsar R$ 162.520. Preço salgado para rodar economicamente e sem poluir muito…  Mas nosso papo de hoje é sobre o Prius, que aproveitando o embalo e já satisfazendo a sua curiosidade, antecipo o preço, menor que o do Fusion, mas ainda carregado no sódio: R$ 126.600…

Pra nerd nenhum botar defeito! Além das formas, pouco ortodoxas para os nossos padrões, o Prius traz um recheio tecnológico para deixar qualquer “nerd” de queixo caído.

 

Durante uma semana rodamos na quarta geração desse Toyota, que tem a missão de abrir caminho no nosso mercado para outros híbridos da marca que devem chegar em breve por estas bandas.

Dono do título de carro mais econômico do País, segundo o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o Prius consome em média 18,9 km/l na cidade e de 17 km/l na estrada. Porém, durante a nossa avaliação, conseguimos superar a média de 26 km/l em circuito misto, rodando em estradas e no tráfego urbano.

O silêncio e o mico – Nossa avaliação começou com um pequeno mico… Depois do pessoal da Toyota fazer a entrega do carro eu entrei e… apanhei para sair. Acredita? Confesso que há muito tempo um carro não me deixava numa saia justa como essa. Para começar, como o Prius usa chave presencial, tecnologia conhecida também como keyless, não é necessário usar a chave para ligar o motor. Até aí, tudo bem, já estou acostumado. Porém, precisei de alguns minutos para estudar como operar a estranha alavanca de câmbio – uma pequena bola de acrílico azul, encrustada no painel. Depois de apertar o botão de partida, silêncio total. Como a saída é feita com o motor elétrico é só acelerar que ele anda. Bom, não foi bem assim, porque aí paguei meu segundo mico do dia…Descobrir como soltar o freio de mão. Depois de muito procurar achei! O sistema, que era usado muito, mas muito antigamente, é daquele com um pequeno pedal do lado esquerdo, que ao ser comprimido ele sobe e libera o freio. Caramba, com tanta tecnologia custava colocar um freio com acionamento elétrico Dona Toyota?

Bom, deixando o bando de micos de lado, sair com o carro dá um certo frio na barriga. Silêncio total, só o ruído dos pneus no asfalto e nada mais…E assim, quietinho, ele começou a rodar com seu motor elétrico de 72 cavalos. Pisando com suavidade no acelerador até alcançar os 50 km/h.  Basta um apertão mais forte no acelerador e como por mágica aparece a ajuda do motor 1.8 litro, de 98 cavalos. Esse trabalho conjunto dos motores, batizado pela Toyota como Sistema Hybrid Synergy Drive, combina a força do motor elétrico de 72 cavalos e torque 16,6 kgfm, à do motor a gasolina, 1,8 litro VVT-i 16V DOHC, com potência de 98 cavalos e torque 14,2 kgfm.

Rodando mais rápido, os dois motores se revezam, dependo da pressão do acelerador e do modo de condução que você escolhe através de um botão no console.

No modo Eco e no Normal, o carro demora para responder, fica um pouco lerdo, pois privilegia a condução econômica. No modo Power, o Prius acorda e passa a se comportar como um verdadeiro 1.8 vitaminado. A potência começa a ser entregue pelos dois motores simultaneamente e bate na casa dos 170 cavalos.

Diferente dos carros 100% a bateria, não dá para sentir o torque instantâneo do motor elétrico, porque se você pisar muito fundo, o motor a combustão entra em funcionamento…

Festival de equipamentos – Por dentro, o Prius mescla partes em preto a detalhes na cor creme, que aparecem no volante e no console. O ar-condicionado digital tem controles de temperatura independentes para o motorista e o passageiro, além de sistema de aquecimento dos bancos. Na parte da frente do console, o carro traz um sistema de carregamento de celular por indução, que dispensa o uso de cabos.

E como em todos os Toyotas, a central multimídia é confusa e só pode ser operada com o carro parado. Uma preocupação com a segurança que tira um pouco do prazer de contar com tanta tecnologia, que inclui GPS e até TV digital.

Tirando a frustrante central de informação e entretenimento, o Prius compensa com um painel com duas pequenas telas, que reúnem dezenas de informações sobre o funcionamento do carro. Dá para acompanhar, em tempo real, qual é o motor que está em ação, a carga e o carregamento da bateria que movimenta o motor elétrico. Um espetáculo de tecnologia. Aliás, por falar em espetáculo, dá para acompanhar informações como velocidade e o estado da bateria pelo head-Up Display colorido, que projeta as informações no para-brisa. Essa tecnologia é uma herança dos aviões de caça, em que o piloto deve evitar desviar o olhar do que vem pela frente.

Supereconômico, com bom espaço para os passageiros e um porta-malas raso, com pouca capacidade de carga, o Toyota Prius é um carro para quem se liga em novidades e tecnologia. Um delicioso aperitivo do potencial que os carros que usam a eletricidade como combustível ainda vão trazer para quem adora dirigir.  ©Joaquim Rimoli | AutoMotori

Ficha técnica

Motores: 4 cilindros em linha, VVTi, 1.8 litro, movido a gasolina e motor elétrico, também dianteiro.

Potência:motor a combustão – 98 cavalos a 5.200 rpm +motor elétrico de 72 cavalos.

Potência combinada: Combustão + elétrico – 170 cavalos.
Torque: 14,2 kgfm a 3.600 rpm + 16,6 kgf/m do motor elétrico

Câmbio: Continuamente variável, CVT

Direção: Elétrica

Suspensões:Dianteira, independente, tipo McPherson e multilink na traseira

Freios: Discos ventilados na dianteira e sólidos na traseira.

Pneus: 195/65

Comprimento: 4,54 metros

Largura: 1,76 metro

Altura:1,49 metro

Entre-eixos: 2,70 metros

Tanque: 43 litros

Porta-malas: 412 litros

Peso: 1.400 Kg




PRIUS vira astro de fuga de assaltantes em comercial

O Super Bowl, que é a final do campeonato de futebol americano, é sem dúvida uma das maiores audiências de TV no planeta. E por ser tão popular, as marcas brigam para conseguir espaço no horário da transmissão para venderem seus produtos.

As fabricantes de automóveis são, talvez, as maiores anunciantes nesse horário nobre da televisão dos Estados Unidos. E hoje, aproveitando que fizemos a avaliação do Toyota Prius, vamos mostrar dois comerciais que tem esse veículo híbrido como protagonista.

São dois filmes que contam uma historinha bem maluca… Eles mostram as aventuras de um grupo de assaltantes de banco trapalhões, que tiveram o carro guinchado na hora da fuga. Para não serem presos, eles se apropriam de um Toyota Prius e iniciam uma fuga pelas estradas do País.

A perseguição, transmitida ao vivo pela TV, transforma o carro num daqueles heróis que os americanos adoram idolatrar… Apesar dos diálogos em inglês, o roteiro é bem claro e as cenas falam por si.

Uma das melhores cenas é talvez a que os bandidos passam por um bloqueio silenciosamente onde os policiais, convenientemente descansam dentro das viaturas à espera dos fugitivos.

No segundo filme, a única solução para conseguir perseguir os bandidos, que 27 horas depois do assalto ainda não pararam para abastecer, é transformar um Prius num carro da polícia rodoviária… Divirta-se! ©Joaquim Rimoli | AutoMotori




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