O que guardas no coração? será tema de um dia de conversas, como antídoto, para tratar da toxicidade presente em muitas dimensões da nossa vida, ou seja, o que afeta o planeta que habitamos, as construções sociais em que nos movimentamos, as relações que estabelecemos. Acontecerá em Coimbra – Portugal -, no CUMN – Centro Universitário Manuel da Nóbrega – da Companhia de Jesus. Serão três momentos:
1. Centrar;
2. Consertar;
3. Concentrar.
Segundo a divulgação, feita pelos Carmelitas Descalços de Portugal, o evento “procura ajudar a focar no essencial, conhecer exemplos práticos de como descomplicar, promover a dimensão espiritual da vida e ir ao encontro da nossa verdadeira identidade para guardar no coração o que for, de fato, precioso”.
Se fosse por aqui, adoraria participar de algo semelhante. Fiquei com o título: “O que guardas no coração?”
Aquilo que guardo move os meus atos e me melhora e melhora o mundo ou me piora e piora o mundo. Conter-se em suas inclinações é possível; educar o coração no que é bom, também. Jesus Cristo dizia sobre isso: “Ao contrário, aquilo que sai da boca provém do coração, e é isso que mancha o homem. Porque é do coração que provêm os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as impurezas, os furtos, os falsos testemunhos, as calúnias”.
Um problema sério, penso eu, é quando as paixões se sobrepõem à sensibilidade. Os olhos ficam vendados e pervertidos.
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Há poucos dias, um avô famoso perdeu seu neto de sete anos. Julgar que não sangrava nele essa partida repentina, cuja criança inúmeras vezes foi sorriso em seus caminhos, e que faria política com o acontecimento, é cruel. Não faço parte de seus militantes partidários, contudo me condoí com o fato por ele, pelos familiares e amigos, pelo menino… Nada acrescenta de bem à humanidade denegrir a imagem do avô no acontecimento da morte do neto. Atroz, também, comentários de satisfação de alguns, no ano passado, com a facada que levou um candidato. Ser contra politicamente é uma coisa, desejar o mal, outra.
Ainda nesses dias, li que uma escola de samba da capital provocou polêmica ao apresentar, em sua comissão de frente, o demônio em vitória sobre Jesus Cristo. Sem dúvida, uma afronta aos cristãos. E no samba-enredo se encontrava: “… E o veneno da serpente/ Eu transformo em semente”. Que pena essas sementes peçonhentas darem frutos que brutalizam o ser humano. O Reino de Jesus não é desse mundo, como Ele mesmo disse, e a escolha pelo reino do mundo ou do Céu é de cada um.
MARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE
Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de risco.
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