Eles, os guerreiros do asfalto, têm um jeito característico de se vestir, geralmente andam em grupos e têm um amor incondicional por suas máquinas! Chuva ou sol não lhes importa, pois o que vale mesmo é a sensação de liberdade! Agrupados em segmentos, alguns motociclistas curtem alta velocidade e longos passeios. Os ‘speedeiros’, como são comumente chamados, gostam mesmo é de aventura! Mas existem aqueles que curtem um passeio tranquilo, mais calmo, numa velocidade que lhes permita observar os detalhes da natureza, da arquitetura, o andar lado a lado com os companheiros em suas motos – a maioria customizada; personalizada, como queiram – ou em seus chamativos triciclos.

Hoje vou me ater ao segundo grupo, que ‘chega chegando’, atraindo, quase sempre, a atenção de todos, seja pelo ronco ou personalização de suas motos, ou pelo estilão adquirido em anos e anos de estrada. Quem nunca virou o pescoço para ver um motociclista em ação? E há ainda os que vão um pouco além e até pedem para tirar uma foto na poderosa máquina. Se eles soubessem a satisfação que proporcionam ao motociclista…

Jundiaí nunca teve tantos moto-clubes e moto-grupos, entre outras denominações dadas aos amantes do motociclismo que seguem um mesmo ideal, compartilham do mesmo gosto e querem perpetuar essa sensação de liberdade! São tantos que não me arrisco a mencionar qualquer nome, para não esquecer de ninguém. E a mulherada segue fiel, participando cada vez mais desses grupos, seja na garupa ou pilotando suas máquinas.

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Mas o ponto de encontro é logo ali na avenida Nove de Julho, na “Banca do Fejão”. Eita carequinha famoso! Lá todas as tribos se integram aos finais de semana, principalmente nas manhãs de domingo, e, acreditem, até churrasco fazem! Ah, e de vez em quando tem festa de aniversário também, com direito a um show de rock. E é lá que a maioria dos passeios são combinados, inclusive aqueles para outras cidades e estados, para prestigiar os amigos de moto-clubes em suas festas de aniversário.

Em tempos de tamanha intolerância, não posso deixar de mencionar a importância dessa união, da confraternização, do saber levar a vida em alto astral, curtindo cada momento, levando a vida numa boa. E, para aqueles que ainda têm medo quando vêm um motociclista chegando, todo trajado em preto, com seus coletes de couro, posso dizer seguramente que ali está um guerreiro do asfalto, uma pessoa do bem, que só quer mesmo é ser feliz!


VALÉRIA NANI

É jornalista pós-graduada pela PUC-Campinas e trabalha como assessora de imprensa