INDÚSTRIA da região contribui com 20% dos empregos gerados em SP

O nível de emprego na indústria de Jundiaí (região composta por 11 cidades) apresentou resultado positivo no mês de julho. A variação ficou em 0,19%, o que significou um aumento de aproximadamente 200 postos de trabalho. A informação é da diretoria regional do Ciesp. No ano, o acumulado é de 3,08%, representando um aumento de, aproximadamente, 3.450 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 2,23%, representando um aumento de aproximadamente 2,5 mil novos postos de trabalho.

A Pesquisa de Nível de Emprego, levantamento feito pela Fiesp e pelo Ciesp mostra que no estado houve a abertura de 1.000 vagas na indústria de transformação paulista em julho, em relação a junho. A variação (0,04% sem ajuste sazonal e -0,1% na taxa ajustada) configura estabilidade e é o melhor resultado para o mês de julho desde 2013.

“A regional de Jundiaí contribuiu com 20% do total de empregos gerados no Estado de São Paulo e isso é muito positivo para a nossa região, mostrando que a retomada da economia reflete cada vez mais nos investimentos da indústria e, consequentemente, na geração de empregos”, avalia Marcelo Cereser, diretor titular do CIESP Jundiaí. Segundo Cereser, a diversidade das áreas de atuação de Jundiaí é um dos motivos do bom desempenho do mercado de trabalho na cidade.

O nível de emprego industrial na Diretoria Regional do CIESP em Jundiaí no mês de julho/2018 foi influenciado pelas variações positivas nos setores Celulose, Papel e Produtos de Papel (2,12%); Veículos Automotores e Autopeças (0,71%); Produtos Químicos (0,49%) e Máquinas e Equipamentos(0,89%).

Vocação industrial e balança comercial – Jundiaí mais uma vez fez jus à sua vocação industrial. De acordo com o diretor de Comércio Exterior, Marcio Ribeiro, é importante salientar que Jundiaí é uma base produtiva para o estado e o país, com muitas indústrias do setor de máquinas, elétrico, automotivo e de eletroeletrônicos e isso influencia a balança comercial da cidade.

“Estes são os setores que concentram a maioria de nossos empregos e nossa força industrial. A indústria jundiaiense alimenta o Estado de São Paulo e o Brasil com seus itens de ponta, portanto uma balança comercial deficitária para Jundiaí não é um problema”, avaliou. De acordo com o diretor de Comex, a balança comercial brasileira acumulou nas duas primeiras semanas de agosto um superávit de US$ 41 bilhões com compras de aproximadamente US$ 6 bilhões e vendas de quase US$ 5 bilhões. Até o momento, o país tem um superávit de US$ 34 bilhões, com importações em US$ 108 bilhões e exportações de pouco mais de US$ 142 bilhões.

Todos os itens da pauta exportadora brasileira experimentaram queda, com destaque para os produtos semi-manufaturados (-35,2%), como celulose, açúcar bruto e ouro; seguidos por produtos básicos (-11%) carnes, cafés e manufaturados (-8,4%): etanol e motores. Os itens importados tiveram um acréscimo de 8,8%,( setor eletroeletrônico, farmacêuticos e combustíveis).

As exportações brasileiras se baseiam em itens vinculados ao agronegócio, minério de ferro e petróleo. Poucos desses estão em Jundiaí. “Feita essa análise chegamos à conclusão de que um déficit na balança comercial de Jundiaí que de maneira nenhuma se caracteriza um problema, mas apenas confirma a vocação de transformação de nossa indústria”, explica.

Em junho, as importações da região ficaram em US$ 211 milhões (autopeças, itens para a indústria elétrica e partes e peças para eletroeletrônicos) enquanto as exportações somaram US$ 43 milhões, o que caracteriza um deficit de 168 milhões. “A boa notícia é que nossas matérias primas importadas estão vindo em grande quantidade – nossas importações cresceram 15.75% no período e uma importante parte de incremento é de matérias primas e não de produtos acabados”, analisa.

Para o restante do ano, Marcio acredita em uma retomada gradativa da economia, apesar do impacto negativo importante da greve dos caminhoneiros. “Avaliamos esta situação em nossa reunião do Comex, realizada em junho, cujo impacto seria de 0,1% do PIB, mas, segundo as estimativas do Ministério da Fazenda, o impacto pode chegar a 0,2%. Mas é importante reforçar que nossa cidade é forte e vem puxando a retomada do crescimento do nosso país”, considera.

Comex – Nesta quarta-feira, dia 22 de agosto, às 8h30, o CIESP Jundiaí, por meio do departamento de Comércio Exterior, promove uma das mais importantes reuniões de Comex do ano.  “Vamos apresentar o novo processo de importação brasileiro, caracterizado na forma da DuImp. Esta é a maior mudança no processo aduaneiro dos últimos 20 anos”, explicou Marcio.

O diretor de Comex do CIESP Jundiaí reforçou ainda que a reunião terá a presença do vice-presidente do Sindasp (Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de São Paulo), Elson Isayama, que trará orientações e atualizações importantes a todas as empresas que operam ou que pretendam operar no Comércio Exterior. (Foto: www.clasf.com.br)

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