INTERVENÇÃO na Cidade Vicentina faz um ano. Sem data para acabar

INTERVENÇÃO

O Conselho Metropolitano de Jundiaí da Sociedade São Vicente de Paulo publicou, na edição do último dia 16 da Imprensa Oficial da Prefeitura, relatório de auditoria realizada na Cidade Vicentina Frederico Ozanam, sob intervenção desde outubro do ano passado. O documento é assinado pelo auditor independente Wainer Quitzau que analisou documentos contábeis de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2019. No parecer, o auditor apontou déficit em 2019 de pouco mais de R$ 320 mil contra quase R$ 570 mil do ano anterior(clique aqui para acessar a Imprensa Oficial. A auditoria fiscal pode ser lida a partir da página 34). O Jundiaí Agora entrou em contato com o Conselho Metropolitano, encaminhando várias perguntas a respeito da intervenção e da auditoria. O presidente-interventor, José Antônio Sicari, focou as respostas na intervenção. A entrevista:

Quais os motivos que levaram o Conselho a declarar a intervenção na Cidade Vicentiva?

As causas são estatutárias. Consta no nosso estatuto que 210 dias antes do término do mandato de uma diretoria é preciso apresentar currículos das pessoas que concorrerão às eleições do próximo biênio. Este prazo começou em junho do ano passado e as exigências, ou seja, a apresentação dos nomes dos candidatos, deveriam ser cumpridas em 30 dias. As pessoas que apresentaram currículos tinham restrições de ordem administrativa. O Conselho Superior da unidade não aprovou nenhum deles. No dia 31 de dezembro de 2019, a Cidade Vicentina estaria sem presidente. Considerando que seria necessária a intervenção no primeiro dia deste ano já que as contas bancárias seriam bloqueadas nesta data, a instituição optou por adiantá-la para outubro também para realizar uma reorganização administrativa, visando atender as necessidades da Cidade Vicentina de forma enxuta. Não houve nenhuma irregularidade. Foi uma questão de falta de candidatos para concorrer à eleição seguindo as exigências do nosso estatuto.

E ninguém mais se candidatou desde então?

Até hoje não surgiu nenhum candidato para administrar a obra e, desta forma, permaneço como interventor. Precisamos que os candidatos sejam habilitados, tenham diretoria composta. Afinal de contas, a Cidade Vicentina é uma empresa que tem 100 funcionários, cuida de 100 idosos e precisa de um administrador, um presidente ativo. Não dá para cuidar de uma empresa deste porte com improvisos.

O senhor tem ideia do motivo de não terem aparecido candidatos? Desinteresse? O trabalho excessivo ou falta de divulgação?

Não é falta de interesse. Jundiaí tem mais de mil vicentinos que prestam serviço a mais de mil famílias. Fazemos muitas outras atividades além da entrega de cestas básicas. Acolhemos crianças em estado de vulnerabilidade, por exemplo. É algo trabalhoso já que a Cidade Vicentina é uma empresa que precisa ser gerida por voluntários como eu. Por outro lado, a instituição tem um sistema profissional já que além de funcionários e assistidos, tem um movimento de R$ 500 mil por mês. A administração não pode ser feita por amadores. As pessoas sabem da responsabilidade que irão assumir diante deste encargo. A inexistência de candidatos também não pode ser atribuída há falta de divulgação. Nós fazemos reuniões semanais em 100 grupos dentro de Jundiaí. Tratamos de assuntos diversos. A falta de candidatos esbarra na capacitação. É preciso ter espírito empreendedor para tocar uma obra assim. Não sei dizer quantas empresas de Jundiaí têm mais de 100 funcionários e movimentam R$ 500 mil por mês. Não devem ser muitas. Por isto precisamos de profissionais da área com conhecimento de gestão, planejamento estratégico, provisionamento, para que o trabalho seja sustentável. (Foto: Prefeitura de Jundiaí)

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