O trabalho de conclusão do curso de jornalismo de Ângelo Augusto Santi redescobriu um título cunhado nos anos 80 e 90 e esquecido há muito: ‘Jundiaí, a Seattle brasileira’. Entrevistando integrantes de bandas de rock atuais e locais, Ângelo apurou que a Terra da Uva já foi comparada à cidade americana, berço do Nirvana, principal representante do estilo Grunge. Para o trabalho, Ângelo, que também tem uma banda, entrevistou os músicos do FISTT, Nox Eterna, Ecliptyka, Machinage(foto acima) e Almada. Leia a entrevista de Ângelo Augusto e assista ao vídeo abaixo, resultado final do trabalho dele:

– Por que decidiu fazer um trabalho de curso abordando o rock de Jundiaí?
É um tema que gosto. Além disto, já conhecia muitas bandas locais e as considero muito boas. Tanto que poderiam ser mais famosas. Principalmente as de músicas próprias que foram o foco do trabalho.

– Este termo ‘Seattle do Brasil’ foi cunhado por você ou já existia entre as bandas?
Quando comecei a fazer o trabalho não conhecia o termo. Mas entrevistados o citaram por causa do boom das bandas jundiaienses nos anos 80 e 90. Algumas revistas publicaram que Jundiaí era Seattle brasileira…

– É mesmo possível comparar Jundiaí e Seattle?
Guardadas as devidas proporções dá para comparar sim. No Brasil é mais difícil uma banda conseguir estourar. As bandas, apesar de muito boas, ficam só na região. Tem uma ou outra que se destaca. A FISTT é uma das que entrevistei. Eles cantam em português. Já a Machinage fez turnê fora do Brasil. Mas são exceções.

Ecliptyka: uma das bandas que participou das entrevistas de Ângelo
Ecliptyka: uma das bandas que participou das entrevistas de Ângelo

-Quantas bandas existem em Jundiaí hoje?
Tem muita banda de cover e bandas com músicas próprias. Não dá para ter uma ideia de quantas existem no cenário musical da cidade.

– Quais as principais dificuldades que enfrentam?
O marketing! Fazer a banda ficar conhecida é o mais complicado. Em Jundiaí, as bandas locais têm um público bom. Mas é sempre a mesma galera. O grande desafio é fazer a banda se tornar conhecida em outros lugares

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– Existe algo que diferencia o rock feito em Jundiaí do restante do Brasil?
Não há. Cada banda é meio única. Cada uma tem seu estilo. Não há diferenças muito grandes.

– Falta apoio para que estes grupos se tornem mais conhecido na própria cidade.
Ainda falta apoio. Mas já melhorou muito. As mudanças no formato de eventos importantes, como a Festa da Uva, é um bom exemplo. Antes só vinham atrações conhecidas e populares. Agora, as bandas locais ganharam espaço. Isto ajudou muito. Não há como negar que foi um avanço. As bandas locais ganharam mais destaque, o que é bem legal. Porém, ainda é pouco.

Ângelo Augusto: trabalho de conclusão de curso redescobriu título esquecido há três décadas
Ângelo Augusto: trabalho de conclusão de curso redescobriu título esquecido há três décadas

SERVIÇO

Conheça as bandas citadas nesta entrevista:

www.fistt.com.br

@noxeternafb

@ecliptyka

http://www.bandaalmada.com.br/

@officialmachinage