Pouco a pouco, mas já com dados irrefutáveis, vai sendo derrubada a tese de defesa de Lula em todos os episódios de corrupção que assolaram o país nos últimos tempos, o de que era ele uma espécie de coitado e ignorante de tudo o que se passava no seu entorno. A figura do chefe traído cede lugar à verdade: a de chefe maior e líder geral da grande quadrilha petista que arruinou o país. Os últimos episódios não deixam margem a qualquer dúvida: os valores altíssimos pagos por supostas palestras à Odebrecht sempre foram corrupção pura, para ajudar a maior empreiteira do Brasil a ganhar licitações fraudulentamente.
O ex-amigo da OMS também deixou claro que triplex e sítio de Atibaia sempre foram de Lula e de sua falecida mulher, que dava as cartas e comandava as reformas nos imóveis, para ficar ao gosto do casal presidencial. Esses depoimentos convergem para demonstrar que Lula não só sabia de tudo, mas comandava tudo e todos. Terceirizou o país para seu uso e de seu bando de marginais, políticos ou burocratas do poder. Mas nada se compara à avassaladora delação de Renato Duque, de quem se dizia que jamais abriria a boca para desvendar o sistema de corrupção de que, sem trocadilho, era mesmo um duque, mas não o rei.
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Deixou claro, agora, que Lula não só mandava receber, como mandou apagar tardiamente os rastros da dinheirama depositada em contas no exterior. Nada mais claro; nada mais sujo; nada mais revelador, proveniente de uma peça central no esquema inacreditavelmente amplo do imenso mar de lama dos governos Lula e Dilma.
É incrível que, com tudo o que surgiu de acusações firmes e flagrantemente reais, o chefe dos chefes da ladroagem explícita ainda tenha 30% das intenções de voto, o que só se pode explicar pela ignorância extrema do povo brasileiro, de um lado, e pela cegueira ideológica de uma militância inconformada com a perda do poder e o que isso significa política e economicamente.
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Mas por certo não terá mais, esse falso líder operário, que fez de sua biografia o ponto de partida para seu enriquecimento ilícito, o apoio da incauta e iludida classe média que ajudou a elegê-lo por duas vezes. Com a máscara caída, o que resta é um reles político corrupto , que mentiu e mente sem pudores para um povo que, decente em sua maioria, acreditou estar diante de algo novo, quando estava diante da podridão moral de sempre. Que 2018 não nos traga de volta quem se dizia um operário, mas nunca passou de um Al Capone! (foto acima: Fernando Frazão/Agência Brasil)
CLAUDIO ANTÔNIO SOARES LEVADA
É desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.
