Em nome de DEUS

DEUS
João Teixeira de Faria, o "João de Deus"

A série televisiva sobre o cidadão João Teixeira de Faria, que se intitulava João de Deus e, em nome Dele, fazia atrocidades inomináveis, nos faz lembrar do segundo mandamento da Lei de Deus: Não tomar Seu Santo Nome em vão.

Como pôde um ser tão desqualificado usar o Santo Nome de Deus?

Talvez esse seja um dos mandamentos mais desobedecidos! Até os políticos blasfemam ao usar Seu nome em suas verborragias fajutas. E já perceberam que a maioria, ao finalizar os discursos, diz: Fiquem com Deus! Blasfêmia imperdoável.

Há, no Rio de Janeiro, um bairro denominado “Cidade de Deus”. Um paradoxo. Em 2002, com o filme homônimo, o bairro foi projetado nacional e internacionalmente como violento. A princípio, era um conjunto habitacional de casas populares que foi erguido em 1964, no governo Carlos Lacerda. O objetivo era a remoção de favelas e a substituição dos barracos por casas de cimento. Havia boa intenção nisso. O conjunto habitacional foi erguido no Bairro de Jacarepaguá, mas cresceu tanto que se tornou independente e recebeu o nome de “Cidade de Deus”!

E, passando para o uso impróprio no mundo, o que podemos pensar do que acontece no Estado Islâmico pois, em Seu nome, são degolados homossexuais e adúlteras, porque: Alá não os aprova!

E no Êxodo, então? Deus jamais ordenaria a Moisés o que ele mandou seus seguidores fazerem: Cada um de vocês pegará uma espada e irá pelo acampamento, de ponta a ponta, matando seus parentes e amigos que profanam a Deus, adorando o Bezerro de Ouro!

O livro do Êxodo, 28, completa: “Os levitas obedeceram à ordem de Moisés e mataram, naquele dia, cerca de três mil homens”.

Também, em nome de Deus, as oito cruzadas foram sangrentas. Um historiador curdo escreveu: Mulheres e crianças corriam pelos becos, eram alcançadas e degoladas. Chegando à Síria, o chefe da Primeira Cruzada prometeu clemência se eles se rendessem. Mentiu. Durante três dias passaram a população à espada. E mais, para alimentar a tropa, cozeram pagãos adultos em caldeirões e enfiaram crianças em espetos e as assaram.

Em documento enviado a Urbano II, o comandante justificava: Uma fome terrível nos atormentou e impôs a necessidade de nos alimentarmos com os corpos dos sarracenos.

Do Mar Vermelho ao norte da Síria, do Mediterrâneo até a Babilônia, o sangue daquele povo, que professava outras maneiras de ver Deus, jorrou abundante nas guerras religiosas e de conquistas. Isso faz tempo, era um povo bárbaro e sanguinário, alguns dizem.

A barbárie continua. O que é, senão barbárie, quando enfermeiros e médicos precisam entubar pacientes acometidos pelo coronavírus sem anestesia? Segundo relato de alguns, eles choram com pena dos pacientes que se debatem com dor. Onde estão os responsáveis por isso? Vangloriando-se de sua formação atlética?

Conforme informações da mídia, um falso médium estuprava, vendia armas, drogas e mandava matar quem o enfrentava.

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O local onde as “curas” aconteciam ficou famoso; pessoas de todas as idades, condição social ou formação intelectual o procuraram e o endeusaram. Procuraram Deus? Ele agia sozinho nisso? As autoridades sabiam e ignoravam? Pois é, a barbárie continua em pleno século 21! Tudo em nome de Deus! (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

JÚLIA FERNANDES HEIMANN

É escritora e poetisa. Tem 10 livros publicados. Pertence á Academia Jundiaiense de Letras, á Academia Feminina de Letras e Artes, ao Grêmio Cultural Prof Pedro Fávaro e á Academia Louveirense de Letras. Professora de Literatura no CRIJU.

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