Não dá pra se dizer que o Brasil vai entrar na linha. Isso parece que nunca vai acontecer! O que se viu nesta semana foi preocupante para o bolso do Governo com reflexo direto no bolso do contribuinte. E o contribuinte somos nós! O reajuste dos salários do Judiciário mostra que manda quem pode, obedece quem tem juízo. E a história caminhou mais ou menos assim: Dias Toffoli, presidente do STF – Supremo Tribunal Federal – ou a mais alta corte da Justiça brasileira, ligou para senadores reforçando o compromisso de se derrubar o auxílio-moradia a que têm direito os juízes, em troca do aumento. Infelizmente o povo brasileiro não tem auxílio moradia e não têm este mesmo poder de barganha!

E lá vem o aumento do Judiciário para, como numa bola de neve, elevar os gastos do orçamento. Em contrapartida, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, negocia com o Congresso a aprovação, a toque de caixa, da Reforma da Previdência. Em suma, aumenta-se ali, aperta-se aqui. Quem pode mais chora menos! E quem perde, como sempre, é o povo! As propostas de campanha acabam ficando esquecidas e os políticos pensam em cortar gastos, mas só aqueles que beneficiam o povo, principalmente os aposentados ou quem caminha para isso num País onde os planos de saúde são a salvação para médicos e hospitais porque o SUS não consegue bancar suas contas, deixando como rastro a alternativa do brasileiro de buscar alternativas.

Triste perceber que caminhamos sem alternativas que visem beneficiar a população. Exatamente aquela que vai às urnas, vota, faz carreatas, briga nas redes sociais com os contrários e se vê esquecido pelos governantes.

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Não se pode dizer que o STF buscou com esta medida se vingar de Bolsonaro, simplesmente porque seu filho havia dito que poderia fechar o Supremo com um cabo e um soldado. Isso antes da eleição, o que fez o ainda candidato Jair Bolsonaro sair correndo pedindo desculpas e implorando à sua equipe que ficasse de bico calado. “Em boca fechada não se entra mosquito!”

Passado o período eleitoral, vitória garantida, e com muitos senadores derrotados e fora do jogo político a partir de janeiro, visualizamos a aprovação do aumento do Judiciário. Um reajuste superior a 16%. O salário mínimo? Bem, ele vai subir menos de 6% no início de 2019…(Foto: José Cruz/Agência Brasil)