Com as notificações de casos suspeitos de dengue na região do Novo Horizonte, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) realiza nova série de ações de investigação epidemiológica, busca ativa e orientação da população para a eliminação dos criadouros dos mosquitos Aedes aegypti, transmissores da dengue e das demais arboviroses.

O período de chuvas e altas temperaturas favorece a reprodução dos mosquitos, aumentando a possibilidade de transmissão das doenças. Por conta da situação – com a localização de criadouros no interior das residências – a UVZ realizará nebulização na área. No entanto, para que a ação seja efetiva e contenha o avanço da doença – que pode levar os pacientes vulneráveis à morte – é necessário que a população faça a limpeza dos quintais.

Na casa de Natália Aline da Silva Lino, 28 anos, ainda está em construção, tem a laje sendo usada como estoque de material inservível eletrônico. “Não tem canalização para a saída da água. Com as chuvas, formam poças. Fiquei muito assustada com a situação e já tinha alertado o meu marido, que acumula os materiais pelo trabalho.

A agente comunitária já tinha conversado com ele para fazer a limpeza. Agora terá de dar um jeito para tirar essa água. Até larvas encontraram”, comenta a mulher, que desconhecia que o descarte eletrônico também pode ser feito nos Ecopontos. No Novo Horizonte, o espaço está localizado na estrada Municipal do Varjão, próximo da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Cléo Nogueira.

Márcia Cristina Trevisol, 41 anos, também está preocupada com a situação. “Várias pessoas do bairro apresentam os sintomas da dengue. Eu, que tenho filho pequeno (1 anos e 10 meses), fico muito preocupada. Na minha casa não foi encontrado nenhum foco ou criadouro da dengue. Eu mantenho tudo limpo, mas é um trabalho que deve ser feito por todos”, argumenta.

De acordo com a biomédica da UVZ, Ana Lúcia de Castro Silva, a situação da região do Novo Horizonte é preocupante. “As equipes estão localizando muitos criadouros no interior das residências, inclusive nas lajes das casas, no quintal, com entulho e material inservível. Somente a limpeza e organização das casas é possível controlar a doença.

A UVZ dará continuidade ao trabalho de busca ativa de novos sintomáticos, além da orientação sobre a necessidade da limpeza e eliminação dos criadouros. Contudo, poderá ser necessário outras medidas complementares”, detalha.

Esta não é a primeira ação do ano realizada no bairro. Em janeiro, após a ocorrência de um caso, as equipes da UVZ desencadearam investigações. Na ocasião não foram localizados outros casos.

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“Desta vez, contudo, a busca ativa já resultou na identificação de, ao menos, 30 novos casos suspeitos que foram encaminhados para o atendimento nos equipamentos de saúde para a notificação. Se as pessoas não tomarem consciência e não se responsabilizarem pela limpeza dos seus espaços, somente as ações da administração não são suficientes para conter o avanço”, argumenta o gerente da UVZ, Carlos Ozahata.

O gerente lembra que os sintomas da dengue são: febre, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Jundiaí mantém o Boletim Epidemiológico atualizado semanalmente para que a população possa acompanhar os casos.