O NOVO PRESIDENTE, Jair Bolsonaro, e a Lava Jato

A ideia do novo presidente, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, de convidar Sergio Moro – e este aceitar – ser ministro da Justiça, mexe com o país e com a estrutura da Operação Lava Jato. Primeiro porque não se poderia nem se deveria mexer na estrutura da TRF-4 onde é titular em Curitiba, local que concentra todos os processos envolvendo as denúncias de corrupção ocorridas principalmente na área política brasileira.

Sérgio Moro se distinguiu e nasceu nacionalmente quando surgiu junto à Operação Lava Jato. E tirando este juiz de sua função, Jair Bonsonaro altera todas as ações desta operação. Tanto isso é verdade que, no próximo dia 14, o futuro ministro da Justiça não mais ouvirá o ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva sobre o Sítio de Atibaia. Como se vê, Bolsonaro, nem bem tomou posse, já mexe na estrutura de uma das operações de maior repercussão política e anticorrupção já ocorrida no Brasil.

Reconhecer o trabalho de um juiz não significa tirá-lo de sua função, mas sim valorizar aquilo que ele vem fazendo. Este deveria ser o caminho de Bolsonaro que, mais parece querer fazer política populista do que política para resolver os problemas brasileiros. Assim, aparente ser um engano a decisão do presidente eleito em mexer na Operação Lava Jato. Até parece, que ele gostaria de acabar com a mesma, já que vai tirar a peça chave daquilo que tem deixado o País feliz.

Rimando ou não, a verdade é que, há algum tempo Joaquim Barbosa, então presidente do STF, virou assunto nacional e ganhou apoio de parte da população que o queria Presidente da República. Para decepção de muitos que desejavam que ele tivesse tal função, se decepcionaram na semana anterior ao segundo turno, quando ele declarou apoio a Fernando Haddad, do PT, partido ligado à Operação Lava Jato e que Barbosa sempre atuou contra a mesma.

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Como não se pode dormir com um barulho desses, esperamos que o senhor presidente pense mais na Nação como um todo, não numa pessoa apenas. E que não coloque nosso País em órbita, já que escolheu o astronauta Marcos Pontes para ministro da Ciência e Tecnologia.(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)


NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com