Pré-candidatas a prefeita: Alta de 200%. Márcia Pará cita falta de apoio

PARÁ

Nas eleições municipais de 2016, há quatro anos, apenas uma mulher disputou a Prefeitura de Jundiaí. Marilena Negro, do PT, conseguiu quase 4 mil votos. Terminou o primeiro turno em quarto lugar, com 1,91% dos votos válidos. Neste ano, a participação das mulheres na disputa pela cadeira hoje ocupada por Luiz Fernando Machado(PSDB) aumentou 200%. São três pré-candidatas que já tiveram seus nomes confirmados pelas convenções partidárias: Márcia Pará(Democracia Cristã); Cíntia Vanessa(PSOL) e Daniela da Camara(PT). A partir de hoje, o Jundiaí Agora publica entrevistas com as três, começando por Márcia Pará. Para todas pré-candidatas foram enviadas as mesmas perguntas. O objetivo desta série não é mostrar projetos de trabalho e sim como elas veem o aumento da participação das mulheres na política local. Ontem, por exemplo, foi publicada entrevista com duas pré-candidatas à Câmara. Uma tem mais de 40 anos na política. A outra é uma estreante. Amanhã será publicada a entrevista com a pré-candidata do PSOL.

Há quanto tempo está na política?

Nove anos…

O que a motivou a entrar na política, um meio que não é visto com bons olhos pela maioria dos brasileiros?

Quando vi minha mãe sendo presa porque estava trabalhando… Ela estava vendendo sopa e churrasco na rua. Foi presa porque não tinha alvará. Decidi fazer alguma coisa através da política para ajudar quem não é visto no país. Acabei me envolvendo profundamente com a causa política quando vi de perto que podemos mudar muitas realidades. 

O TSE fez campanhas para levar mais mulheres a disputar estas eleições. Acha que os pedidos se transformarão em realidade?

Acredito que sim. No meu partido por exemplo temos muitas mulheres. Inclusive escolhi uma vice também mulher, a policial civil Alessandra Esquivel. E 50% da nossa chapa ao Legislativo, são de mulheres, não 30%, como é usual. 

Quando campanhas neste sentido não precisarão ser mais feitas?

Espero que o quanto antes. Na primeira vez que me candidatei na vida sofri muito preconceito por não ser cotista. Eu era a única candidata que estava realmente na rua pedindo votos em Jundiaí, em 2014. Nem o partido que eu estava na época me apoiava. Só queriam mulheres para cumprir a cota determinada pela Justiça Eleitoral. Não estavam preocupado com uma causa. Mesmo assim eu fui a todas as sabatinas para incentivar as mulheres. 

Em 2016, apenas uma mulher disputou a Prefeitura. Neste ano são três pré-candidatas. O que acha deste aumento? Poderia ser mais?

Acho maravilhoso. Isso mostra que as mulheres estão cada vez mais se interessando na causa política. Poderia sim, mas creio que ainda sentem muito receio e também devem ter pouco apoio dos seus partidos políticos. Poucos partidos apoiam mulheres, a maioria só vê mulher como um número para a cota de 30%. Precisamos mudar isso. 

Acha que mulher política é diferente do homem político?

Sim. Há estudos científicos, que dizem que as mulheres conseguem fazer várias coisas ao mesmo tempo. Um exemplo é que conseguimos trabalhar fora, cuidar dos afazeres domésticos, cuidar dos filhos e da família e ainda conseguimos nos envolver em causas sociais. Inclusive as mulheres são mais sensíveis às causas sociais, pelo instinto materno que temos. Os homens têm suas qualidades e seus valores, mas são diferentes de nós mulheres. 

Tem alguma mulher que admira na política?

A chanceler alemã Angela Merkel…

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