O PMDB, que já foi considerado o maior partido político do Ocidente, vive uma crise interna sem precedentes. A primeira situação está ligada à Operação Lava Jato que mantém na prisão – até o STF o colocar em liberdade – um grande nome do partido: Eduardo Cunha, que presidiu a Câmara dos Deputados e hoje curte sua prisão em Curitiba, à espera de um habeas corpus que o colocará – como foi feito com José Dirceu – em liberdade, o que provocará mais uma revolta nacional diante da postura do Supremo, de liberar prisioneiros que ainda esperam sentenças definitivas. Mas, uma coisa é certa: o PMDB foi, é e sempre será o mesmo!
Como dizia, o ex-maior partido político do Ocidente sempre esteve ligado ao Governo Federal: ou fazia a maior oposição possível ou buscava espaço para ser, no mínimo, vice-presidente – como aconteceu com Michel Temer – ou candidato à oposição à Presidência, e garantindo o cargo – como ocorreu com Tancredo Neves na última eleição indireta realizada neste País.
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A crise atual passa por um nome muito forte dentro da sigla: Renan Calheiros! O líder no partido no Senado – casa que ele presidiu várias vezes e o transformou no maior nome do partido na mídia nos últimos anos – decidiu partir para o enfrentamento com o Governo Federal ao levantar pesadas críticas aos projetos de reforma que circulam nas casas de leis de Brasília: a da Previdência Social e a Trabalhista! A segunda, colocada aqui, já aprovada na Câmara e enviada ao Senado, acaba com a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho – e a primeira, aprovada na Comissão Especial na Câmara, deve ir ao plenário em breve.
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A postura de Renan tem lhe garantido apoios de senadores, principalmente aos ligados ao PT, mas tem provocado reuniões e cafezinhos constantes no Senado Federal. Até um jantar está programado para a próxima terça-feira na casa da senadora Marta Suplicy, que já foi petista e hoje é peemedebista. O que os principais senadores analisam e questionam é, como um líder de um partido pode ter postura de oposição ao Governo Federal. Na fase do “durma-se com um barulho destes”, vale finalizar com a fala de Paulo Paim (PT-RS): “Renan é o cara!” Não há surpresa maior do que as posições dos políticos de Brasília! (foto acima: cristianonovais.wordpress.com)
NELSON MANZATTO
Jornalista profissional diplomado, tendo trabalhado no Jornal da Cidade de Jundiaí, Diário do Povo de Campinas, Jornal de Domingo de Campinas, Diário Popular de São Paulo e Jornal de Jundiaí. Foi editor-chefe dos jornais Diário do Povo, Jornal de Domingo e Jornal de Jundiaí e sempre trabalhou nas editorias de Política e Economia. Também trabalhou em Assessoria de Imprensa. É membro da Academia Jundiaiense de Letras e tem quatro livros publicados: Surfistas Ferroviários ou a História de Luzinete (Vencedor de Concurso Literário), Contos e Crônicas de Natal (com cinco textos premiados), Momentos e No meu tempo de Criança. Mantém um blog literário: blogdonelsonmanzatto.blogspot.com
