VINHETA JUNDIAI ANTIGAMENTEA ponte de tijolos sobre o rio Guapeva, localizada no entroncamento da avenida Odil Campos Saes e rua José do Patrocínio é, para nós, a Ponte Torta. Mas ela também já foi conhecida como Ponte Redonda, Ponte do Arco e Ponte dos Bondes. Vítima dos pombos que teimam em defecar nela e dos vândalos, que de uns tempos para cá, descobriram no patrimônio um painel para pichações, a Ponte Torta foi construída entre 1888 e 1889 pelo pedreiro italiano Paschoal Scollato. O engenheiro responsável pela obra foi Willian Harr, segundo o site do Conselho Municipal de Turismo de Jundiaí.

Já a página que trata do tombamento histórico do monumento afirma que “não se pode afirmar uma data exata da construção. O que se sabe é que foi construída durante o ciclo ferroviário, sobre o rio Guapeva, para ligar o centro da cidade à Estação Ferroviária. Na segunda metade do século XIX essa construção era usada para a passagem de bondes puxados por animais da Cia. Paulista Carril Jundihyana. Com o passar dos anos e a ampliação da cidade, foi se tornando pequena demais para suportar o trânsito de pessoas e principalmente de veículos”. Na foto abaixo, a reprodução do projeto original da ponte.

PONTE TORTA

A ata do tombamento prossegue: O rio Guapeva também ganhou volume e tamanho, o que exigiu a reformulação da Ponte Torta. Foi construída em alvenaria de tijolos sem armação metálica, seguindo estilo arquitetônico usual na época.

Nos anos 1980, a margem esquerda do Rio Guapeva foi alargada para evitar as enchentes que castigavam a região. As obras abalaram a estrutura da construção, que começou a se deslocar, para evitar a sua queda, foi construído um bloco de concreto.

PONTE TORTA

No dia 14 de agosto de 2007, a Ponte Torta foi tombada como patrimônio histórico de Jundiaí. A partir daquela data, quaisquer intervenções físicas a serem realizadas no bem tombado deverão ser previamente aprovadas pelo Conselho Municipal do Patrimônio Cultural. Só não avisaram isto para os pombos e aos vândalos…

Em 2014 foi iniciado um processo de restauração e zeladoria, onde, além do projeto de restauro, foram colhidos depoimentos que visavam um resgate à memória, onde a população pudesse se empoderar da Ponte Torta e reconhecer, através de sua trajetória pessoal, o valor histórico da construção através das gerações.

PONTE TORTA

A restauração foi necessária, em boa parte, por causa dos pombos que se alimentavam – e continuam se alimentando – do barro dos tijolos. Além disto, eles defecam na estrutura, o que colabora com a destruição dos tijolos centenários. Não bastasse a ação das aves, a ponte também passou a ser atacada por pichadores. Felizmente, contra estes é possível agir. A Prefeitura definiu multas altas para quem for flagrado vandalizando o local, assim como outros monumentos e prédios históricos da cidade.

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