Falar em presente é sempre muito gostoso e nos remete aos mimos que ganhávamos na infância dos nossos avós, tios, pais. Certamente você deve ter a lembrança feliz de algum presente recebido. Quando eu era criança (faz tempo isso…), a gente ganhava presente de maior importância duas vezes no ano: Natal e aniversário. Quem fazia aniversário no Natal, só ganhava um… Quando a gente crescia e começava a namorar, passava a ganhar presente também no Dia dos Namorados e foi exatamente neste dia que eu ganhei o meu presente inesquecível do título.
Logo no início de namoro, meu namorado (que depois se tornou meu marido) percebeu minha grande paixão por gatos. Sempre tive gatos em casa, desde muito pequena, apesar da minha mãe não gostar muito, ao contrário do meu pai. Pois bem, para agradar em cheio no Dia dos Namorados, o meu presente foi um filhote de gato siamês, de lindos olhos azuis e muita personalidade. Foi amor à primeira vista. Ele parecia um bibelô, recebeu o nome de Ju e passou a ser a grande estrela da casa. Até meus pais se renderam ao charme do Ju e o felino dominou o espaço.
A cada ano que passava, o meu gato ia conquistando mais e mais cuidados. Se chegava alguma visita, era logo avisada para ter cuidado ao abrir e fechar as portas para o Ju não sair à noite no quintal. Se vinha criança, também já era alertada para não brincar de maneira bruta com o Ju, pois ele poderia não gostar. E assim meu gato foi se tornando dono do pedaço e do meu coração. Na hora de dormir, o danado ficava me esperando sentadinho ao lado da cama. Na hora que eu entrava embaixo das cobertas, ele vinha e se acomodava ao meu lado, e colocava a cabecinha no meu travesseiro. E isso todas as noites…
Depois de casada, nem preciso dizer que Ju não cedeu seu lugar para o meu marido. Não senhor, ele continuou dormindo ao meu lado. E foram muitos e muitos anos de muito amor e alegria com o Ju em casa. Lembro de uma vez que a família toda se preparou para viajar e o drama foi decidir com quem deixar o Ju. Um veterinário conhecido se prontificou, preparou um tipo de cercado para ele, bem arrumadinho. Quando o gato percebeu que ia ficar lá, começou a miar feito louco. Não consegui deixá-lo, voltei e peguei o coitado. Ele acabou ficando na casa do meu irmão, que não foi viajar.
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Esse gato viveu mais de 20 anos, período em que me formei na faculdade, me casei, mudei de casa duas vezes, tive minhas filhas. Que saudade. Era um animal excepcional. Ficava deitadão no sofá, me esperando chegar depois do trabalho. Quando ele se foi, era uma tristeza abrir a porta e não vê-lo por perto. Com certeza esse presente me foi dado com muito amor.(Artigo originalmente publicado em janeiro de 2020/Foto: www.petvale.com.br)
VÂNIA ROSÃO
Formada em jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Trabalhou em jornal diário, revista, rádio e agora aventura-se na internet.
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