Quando nos tornamos DESNECESSÁRIOS

DESNECESSÁRIOS

Quando a gente tem filho, parece que a vida sofre uma guinada de 180 graus e tudo vira de cabeça para baixo. Durante muitos anos nos tornamos provedoras de novos seres humanos e nos esforçamos para que essas pequenas pessoas tornem-se grandes, tanto física quanto moralmente. Esse esforço exige uma dose cavalar de dedicação e paciência, de desprendimento e abnegação. Vale a pena? Com certeza, mas é uma tarefa árdua e contínua. Só que nesses anos todos que a gente passa educando nossos filhos e preparando-os para a vida, nos esquecemos de aprender a viver sem a presença deles, porque um dia isso vai acontecer. Recusamo-nos a encarar o fato de que com o passar dos anos vamos nos tornando desnecessários. E isso é bom ou ruim?

Apesar de ser difícil de aceitar, é muito bom quando os pais tornam-se desnecessários para os filhos, mas de forma positiva. Como assim? Se nossos filhos conseguem trilhar seus caminhos sozinhos, têm independência suficiente para encarar os próprios desafios e maturidade para buscar seus sonhos é porque nós, pais e mães, acertamos na educação e orientação. Claro que eu preferiria que minhas duas filhas (gêmeas) continuassem grudadas comigo, por toda a eternidade. Mas isso seria egoísmo, superproteção.

Falo isso com o coração doído, por que elas já estão batendo asas, e muitas vezes dou uma escorregada e assumo uma postura de “supermãe”, querendo prendê-las no ninho. Mas esse é um caminho sem volta. Quando nossos filhos começam a aprender a voar, fica difícil tolher o voo. Cabe a nós, que somos mais experientes, orientar, mas nunca decidir de forma cabal qual rota é a melhor.

Essa semana li alguns artigos sobre esse tema, e um deles tinha exatamente esse título “Mães Desnecessárias” (de autoria controversa, mais provável da jornalista Márcia Neder), que de primeira, confesso, me chocou um pouco. Mas depois, com a leitura, percebi que ser desnecessários não é ser uma mãe ou um pai displicente, mas sim que acreditam na potencialidade dos filhos e aceita que eles terão que abandonar o ninho. Achei isso muito bonito, mas eu ainda não cheguei nesse patamar de maturidade materna. No fundo do meu coração, queria que minhas filhas estivessem embaixo das minhas asas. Quietinhas e seguras.

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Mas isso não é mais possível. Elas cresceram e possuem asas próprias, que não cabem mais debaixo das minhas. Então, é chegada a hora de entendermos que nossos filhos cresceram e vão conquistar suas metas e objetivos bem longe de nós. Passamos a ser desnecessárias, não ocupamos mais o lugar de destaque na vida deles, mas continuamos com nossa principal função, que é ser o apoio nessa jornada. Fecho esse artigo com a frase final do texto “Quando os Filhos Voam”, assinado por Rubens Alves: “É preciso ter coragem para voar e deixar voar”.(Foto: www.resilienciamag.com)

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