A crise nacional assume proporções inimagináveis. A economia se vê frente a um desafio tremendo, de voltar a crescer de modo a remediar a angústia e o sofrimento de mais de 14 milhões de brasileiros que estão desempregados. E na política, de onde deveria vir a solução para a crise econômica, o quadro é ainda pior, com um atrito crescente entre os três poderes cujo equilíbrio é essencial para o funcionamento da nossa democracia. Perdidos nesse labirinto, temos de encontrar o fio que possa nos levar a uma saída. O que fazer?

Em primeiro lugar, a regra de ouro: obedecer o que manda a Constituição. Procurar soluções salvadoras da pátria, fora do ordenamento constitucional, em um quadro fragilizado como esse, seria de uma irresponsabilidade inaceitável para com o futuro da Nação. Cumprir o que reza a Lei Maior é a garantia da preservação do sistema democrático.

Além disso, é preciso ter claro que o Executivo, seja quem for o mandatário, tem de dar prosseguimento às reformas, que começam a gerar sinais alentadores. Caso a confiança conquistada com essas medidas seja extinta, iremos em marcha batida para o fundo do poço.


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Na condução política, é preciso evitar as manobras para cercear o prosseguimento dos inquéritos, que visam atribuir as responsabilidades no uso criminoso do dinheiro público e no aparelhamento das instituições.

Nenhum dos três poderes possui, neste momento, as condições de assegurar o cumprimento dessa agenda. Para que isso aconteça, é necessária a mobilização sensata e ordeira, mas também firme e vigilante da população brasileira. Os desafios aí são imensos: os interesses de corporações que vivem às custas do Estado e não querem mudanças tentam de todas as formas manipular a opinião pública.

Esta é a hora dos homens e mulheres de bem que não se deixam levar por slogans e palavras de ordem e seguem as suas consciências, formando opinião baseada em fatos. Entregar-se ao desânimo ou ao discurso do ódio, neste momento crucial, é o pior dos caminhos. (foto acima: osegredo.com.br)

 

FAZERMIGUEL HADDAD

É deputado federal pelo PSDB e ex-prefeito de Jundiaí