Eu não quero mais MENTIR

MENTIR

E a semana foi fabulosa. Muitas conversas, muitas opiniões, muitas discordâncias e muito crescimento. Interessante como algumas pessoas não conseguem viver sem que seus pontos de vista sejam soberanos; isso foi motivo para muita conversa no decorrer desta semana, em especial porque meus amigos me disseram que eu pesei demais na mão. Chegaram a me dizer que eu fora arbitrário e conservador. Mas eu não quero mais mentir.

Então, ai está uma ideia do que significa ter ponto de vista e ter coragem para expô-lo: na contramão de muitos amigos, expus aquilo que me incomodava e apresentei minhas propostas, mesmo sabendo que causaria tumulto. Entretanto fiquei esperando pelos debates e diálogos, amenos ou ácidos, desde que com argumentos. E eles vieram.

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Muitos concordaram comigo e poucos enfatizaram que fui rude ou tive leitura pouco agradável para momentos bicudos. Pois é, mas não é momento de ser passivo e complacente, diante de tantas aberrações sociais e culturais. Não cabe agora um discurso em cima do muro, sem apresentar oportunidades para estimular a reflexão. Foi minha tentativa: pense nisso. Reflita sobre este assunto. Observe e opine sobre tal acontecimento.

Saio desta semana convencido, uma vez mais, que as pessoas não querem é ser confrontadas. Elas não admitem que alguém que pense diferente delas exponha seu ponto de vista, porque a ideologia dominante não pode ser abalada. Triste fim do Policarpo Quaresma. Acredito e vivo buscando o novo, de modo a ter que me adaptar a cada segundo, diante daquilo que se me apresenta na cara, nas 24 horas do meu dia, nos setes dias da minha semana e nos 12 meses do meu ano. Eu não quero mais mentir! E mesmismo não é comigo. (Foto: www.earth.com)

AFONSO ANTÔNIO MACHADO 

É docente e coordenador do LEPESPE, Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte, da UNESP. Mestre e Doutor pela UNICAMP, livre docente em Psicologia do Esporte, pela UNESP, graduado em Psicologia, editor chefe do Brazilian Journal of Sport Psychology. Aluno da FATI.

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