UGMT não sabe (ou não quer dizer) quantos irregulares atuam em Jundiaí

A Unidade de Gestão Mobilidade e Transporte (UGMT) em conjunto com a Polícia Militar e a Guarda Municipal intensifica o trabalho de fiscalização no transporte de passageiros com o objetivo de coibir os veículos irregulares de atuarem na cidade. A ação foi iniciada no início deste mês. Porém, apesar de questionada a UGMT não divulgou estimativa de quantos veículos fazem transporte irregular de passageiros na cidade. Os responsáveis pela fiscalização não sabem ou não querem divulgar essa informação.

Para montar as ações de combate ao transporte clandestino, a Unidade de Gestão precisa contar com informações básicas como locais e horários em que os veículos transitam pela cidade. Certamente receberam denúncias também. Só que a UGMT preferiu responder que “intensificou a fiscalização do transporte clandestino de passageiros em cumprimento à lei 5.035/1997, que proíbe o transporte não autorizado. Através da assessoria de imprensa da Prefeitura, a Unidade afirmou ainda que neste ano foram apreendidos seis veículos transportando passageiros irregularmente. Os motoristas foram multados. “Ressalta-se que os fiscais da UGMT passaram por treinamento para aprimorar e padronizar os atendimentos”, termina a nota.

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Apenas uma pergunta encaminhada pelo Jundiaí Agora – JA – foi respondida pela Unidade de Gestão: o por que da necessidade de fiscalização. As outras foram ignoradas: quais os tipos de transporte irregular de passageiros estão atuando na cidade? São de Jundiaí ou vêm dos municípios da região? Existe estimativa de quantos ‘táxis’ irregulares atuam? Onde ficam? Prefeitura recebe muitas denúncias? Também há vans e micro-ônibus e Kombis transportando pessoas irregularmente? Há uma estimativa de quantos veículos deste tipo? A Prefeitura tem algum projeto para dar mais opções aos cidadãos: mototaxi? Vans cadastradas?

Se respondidas, as perguntas do JA não revelariam o plano de ação da Unidade de Gestão. Mas talvez poderia implicar em novos questionamentos. Por exemplo: em nota divulgada nos primeiros dias de fiscalização a UGMT afirma que o transporte irregular vem crescendo em toda região trazendo insegurança para os usuários. Se o número realmente fosse muito alto, a Unidade teria de se explicar quanto à demora na aplicação da lei 5.035/1997. Teria o transporte irregular se expandido devido a falta de uma fiscalização mais intensa nestes oito meses?

A nota do dia 15 de agosto conclui: “com o trabalho conjunto, a PM pode checar as condições dos veículos e a documentação. A GM e os agentes de trânsito atuam na segurança. Naquela ocasião, 39 veículos tinham sido abordados. Dois foram autuados. Um por falta do uso de cinto de segurança e o outro por dirigir com a CNH vencida. A UGMT assegura que a fiscalização continuará nos próximos meses”.