Veterana e novata. Ana Tonelli tem quase 40 anos de política. Ana Karina estreará nas eleições de novembro. Ambas querem ser vereadoras em Jundiaí. Apesar de todos poréns e senões, as duas Anas miram a vida pública. Mas por quê? O que faz veterana e novata enfrentarem eleitores desconfiados, pedir votos, encarar o estigma de que todo político é ladrão?

O currículo da radialista Ana Tonelli(PSDB) é extenso. Desde 1982, quando se elegeu pela primeira vez, foram oito eleições para a Câmara. Também disputou, como vice de Clemente Manoel de Almeida, a Prefeitura de Jundiaí, em 1992. Em 2012 tentou o Legislativo novamente e não conseguiu. Quatro anos depois chegou à suplência. No início deste ano voltou à Câmara para substituir um vereador por 30 dias. Teve seis mandatos como parlamentar e foi a primeira e única mulher até agora a presidir a Câmara por duas vezes. A motivação? “Gosto da política como ela deve ser. Praticada com seriedade, participando das decisões da nossa cidade, ouvindo os anseios da população pra encaminhá-los para os setores competentes”, argumenta.

A advogada Ana Karina entrou na política em abril, quando se filiou ao PSB. Um dos motivos que a levou a tomar a decisão é a predominância dos homens na política. “Eu assumi este grande desafio que é ser representante dos eleitores de Jundiaí nas próximas eleições porque eu quero um bom futuro para nossas crianças. Quero que elas tenham uma ótima educação pública. O que vamos deixar de legado para nossos filhos? Não serei uma crítica do sofá, falando mal dos políticos mas nada fazendo para mudar a situação. Eu aceitei o desafio porque quero ser a mudança que almejo ver na política”, diz.

Este ano, o Tribunal Superior Eleitoral fez um apelo às mulheres para que fossem candidatas. A veterana lembra que não basta só isso. “É preciso contar com apoio da família, dos pais, do marido, para concorrer. E depois de eleita é preciso de apoio dos parentes também. O mandato exige muito e quem estiver próximo não apoiar, tudo se torna mais difícil”, comenta.

A novata aceitou o desafio proposto pelo TSE. “Estou finalizando três cursos de formação política. O aumento das mulheres na política é necessário. Somos capazes, somos preparadas e precisamos ter interesse político para que possamos ocupar espaços”, comenta.

Em 2016, apenas uma mulher disputou a Prefeitura de Jundiaí: Marilena Negro, pelo PT. Este ano serão três candidatas. Ana Tonelli está feliz com este aumento considerável. “Demonstra que a mulher realmente está sentindo gosto pela política e verificando a importância de concorrer. Há muitas décadas atrás, a dona Vitória, saiu candidata. Era uma época em que tudo era mais difícil. Ainda mais para as mulheres. E ela foi muito bem votada”, lembra.

Já Ana Karina, sobre o aumento de candidatas disputando o Executivo, afirma que trata-se de uma necessidade. “Eu não acho que a mulher e o homem em cargos políticos devam ser comparados. O que eu comparo é a representatividade de cada. Enquanto os homens, sem dúvida, têm representação maior na esfera política, as mulheres ainda se mostram com representação singela. Por outro lado, considerando que a representatividade masculina é hoje predominante, é certo que ter mais mulheres nos cargos políticos trará uma renovação da política”, explica.

Sobre políticas que admira, Ana Tonelli cita a senadora Mara Gabrili, que é tetraplégica. “Começou como vereadora, foi deputada federal por dois mandato e agora é senadora eleita com mais de 6 milhões e meio de votos. Ela depende de alguém para tudo. E mesmo assim tem uma enorme força de vontade. Ela é um exemplo de mulher e política a ser seguido”.

A advogada diz que não tem ídolos na política por acreditar na renovação constante. “Contudo, como uma pessoa que luta pela educação, eu gosto muito do trabalho de uma deputada que veio da escola pública, chegou estudar em Harvard, e hoje luta pela melhoria da educação no Brasil. Eu considero que a luta pela educação é um bom caminho para transformar o país”, conclui.

As duas Anas, veterana e novata, trabalham para se eleger. O dia 15 de novembro poderá acabar com as esperanças de uma ou das duas. Ou, quem sabe, a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano, elas poderão ser colegas de parlamento.

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