Vivências com crianças é muito divertido. Elas possuem encantos e atitudes inesperadas.

Na última semana, levamos, como passeio da programação de férias, as crianças e adolescentes da Casa da Fonte – CSJ –, a Salto e Itu. Em Salto, visitaram o Parque da Rocha Moutonnée e em Itu o Parque Geológico do Varvito, a Praça dos Exageros e a Cidade da Criança. Tudo é motivo de festa. Uma delícia passear com eles e ouvir suas descobertas e conclusões.

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Na Cidade da Criança brincaram muito e foi lá, também, que comeram o lanche mais substancial que levamos. Hora do almoço com direito, ainda, a frutas e doces. Há no espaço uma lanchonete. Em um determinado momento, vi quatro meninos nossos, com idade entre oito e nove anos, encostados no balcão. Observavam, com interesse, a diversidade de chicletes. Puxaram conversa com o proprietário sobre o custo. O moço lhes respondeu que o preço unitário era trinta centavos. Entreolharam-se e disseram, com os olhos plenos de brilho, que era um valor bem pequeno.

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O moço aproveitou e fez um discursinho básico, embora fossem crianças, sobre a qualidade do que comercializa, incluindo os sucos e salgadinhos, e seu empenho em cobrar um preço justo, sem explorar os consumidores. Os garotos, bastante atentos, sorriam o tempo todo. Encontrava-me atrás, curiosa em saber a que ponto chegariam. Ao término da exposição sobre as vantagens do comércio, um de nossos meninos, que é uma figurinha, disse: “Então, como o preço é muito barato e não trouxemos dinheiro, pode nos dar um chiclete de presente?”

O cidadão me pareceu atordoado com o discurso perdido. Essas crianças…(foto acima: Facebook Casa da Fonte Jundiaí)


CRIANÇASMARIA CRISTINA CASTILHO DE ANDRADE

Com formação em Letras, professora, escreve crônicas, há 40 anos, em diversos meios de comunicação de Jundiaí e, também, em Portugal. Atua junto a populações em situação de vulnerabilidade social. Acesse o Facebook de Cristina Castilho