VOA-SP: MP aguarda documentos para apurar transtornos à Mata Ciliar

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No último final de semana e também na segunda-feira(10), a Fundação Mata Ciliar divulgou nas redes sociais suposto transtorno aos animais atendidos pela ONG pela VOA-SP, que detém a concessão o aeroporto de Jundiaí. O promotor Claudemir Battalini, responsável pela área de Meio Ambiente no Ministério Público local, informou que tomou conhecimento do caso. No entanto, não recebeu nenhuma comunicação oficial nem documentos para iniciar a investigação. Através de e-mail, o Jundiaí Agora entrou em contato com a administração da VOA-SP de Jundiaí. Até o momento não recebeu nenhum retorno.

“Estou acompanhando. Até o final da tarde de terça-feira, o pessoal da ONG tinha mandado informações muito superficiais. Não tenho nada oficial. Agora, o vereador Leandro Palmarini (PL) relatou o uso de motosserras no local, tirando árvores. Parece que o problema maior é que o Governo do Estado está regulamentando a área da Mata Ciliar e possivelmente deixando este lugar para o aeroporto desenvolver algum projeto ali. Estou aguardando documentos, o local exato, nomes, telefones, para poder acionar a Polícia Ambiental, Prefeitura e falar com a concessionária para entender o que está acontecendo. Por outro lado, pode ser algo provisório, eu acabo instaurando inquérito e em breve tudo estará resolvido. Necessito de informações mais precisas para começar a agir”, disse Battalini.

“Tormento” – Sábado, a ONG publicou vídeo mostrando o corte de mato nas proximidades dos recintos onde ficam os animais silvestres. As imagens vêm acompanhadas de legendas e explicam que o barulho das máquinas causavam estresse nos bichos, além de expor os locais. A Mata Ciliar afirma, no vídeo, que funcionários pediram várias vezes para que as máquinas fossem paradas e não foram atendidos. “Toda essa movimentação faz parte de um plano de expansão comercial na região do aeroporto de Jundiaí que não está levando em consideração a vida dos animais que estão sob os nossos cuidados”, encerra o vídeo.

No dia seguinte, a Mata Ciliar voltou a criticar a concessionária do aeroporto. “Um final de semana infernal causado pela VOA-SP, principalmente, para os lobos-guarás, jaguatiricas e onças-pardas que estão sob os nossos cuidados. A VOA-SP “limpou” uma área na avenida Emílio Antonon, expondo diversos recintos de reabilitação e causando estresse aos animais devido ao alto ruído emitido pelos maquinários. Durante esses dois dias, foram mais de 10 pedidos emitidos por nós para que parassem com essa operação, relatando o alto risco dos animais se ferirem ou virem a óbito por estresse. Eles não se importaram e continuaram com o transtorno durante o final de semana inteiro. Se mesmo nessa situação não houve sensibilidade, o que virá depois disso, sabendo que há um plano de expansão comercial na região que não leva em conta a existência de mais de dois mil animais sob nossos cuidados aqui? Pedimos para que a sociedade cobre do Governo do Estado uma solução e a interrupção imediata dessas operações realizada pela VOA-SP”, divulgou a ONG.

Na segunda(10), a Mata Ciliar publicou que o “tormento causado pela VOA-SP aos animias não parou. Terceiro dia de barulho estressando e causando sofrimento aos animais. Pedimos à sociedade que continue intercedendo junto ao governo do estado de São Paulo a intervir pelos animais nesta situação”.

Acordo – Na última semana, o MP obteve a assinatura de termo de ajustamento de conduta (TAC) firmado entre a DAE Jundiaí e a ONG Associação Mata Ciliar visando à continuidade das obras de saneamento (interceptor de esgoto) na área onde a ONG está instalada, no bairro Chácara Aeroporto/Casinha Branca.

Entre as medidas pactuadas, que envolvem a necessidade de compensação ambiental, estão o acompanhamento das obras pela Mata Ciliar, que efetuará o manejo e cuidado de animais que possam ser afetados pelo empreendimento; monitoramento dos trabalhos por profissional da biologia, instalação de passagens aéreas de fauna, permitindo livre circulação de espécies, como primatas e vertebrados; e produção de relatórios de acompanhamento de impacto e qualidade das ações.

Segundo o documento, os ajustes permitirão que a DAE dê prosseguimento ao programa de universalização do saneamento em Jundiaí. Serão executados 2.890 metros de extensão de rede, no trecho entre a Associação Mata Ciliar e o clube Uirapuru, ao longo do córrego, em uma faixa de cinco metros. A implantação vai beneficiar cerca de 600 moradores da região, permitindo à associação e ao clube, além da Escola Técnica Benedito Storani, deixar de utilizar fossas sépticas, que atualmente oferecem risco ao solo daquela localidade. Pelo MP, assinou o TAC o promotor Claudemir Battalini.

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