2024 não foi um ano fácil. A natureza se revoltou como nunca. O Rio Grande do Sul sofreu com enchentes comparáveis ao dilúvio da Bíblia. Mato Grosso, Pará e Tocantins viram milhares de hectares de mata nativa virarem cinzas em incêndios gigantescos. E o calor? O que dizer do calor que castigou os brasileiros de norte a sul? O STF bloqueou o ‘X’, antigo Twitter. Um plano de golpe militar foi descoberto. O dólar só faz subir! As guerras na Ucrânia e no Oriente Médio não acabaram. Até a política de Jundiaí foi intricada. Nunca se viu numa eleição para prefeito tantos insultos trocados entre os candidatos. Gustavo Martinelli(União Brasil) perdeu no primeiro turno e depois virou para cima de José Antônio Parimoschi(PL). Depois, Martinelli perdeu no Tribunal Regional Eleitoral(TRE) e ganhou o direito de assumir a Prefeitura no TSE. Pessoas que pareciam imortais, como Sílvio Santos e Cid Moreira, se foram. E como será 2025? Será tão difícil e complicado como o ano que acabou? O Jundiaí Agora perguntou a vários colaboradores sobre suas expectativas para os 12 meses que virão. Confira:
Heródoto Barbeiro, jornalista, radialista e professor(foto principal): “O ano de 2025 não terá eleição, portanto deve ser menos agitado. É o momento para se fazer alterações políticas necessárias para o país, sem o calor da disputa eleitoral. Será um ano de respiro uma vez que a competição volta em 2026. É verdade que já existem candidaturas à presidência, mas como diz o mineiro, ‘muita água ainda vai passar por debaixo da piguela’. Que tal o Congresso votar projetos importantes como voto distrital misto e a prisão depois de condenação em segunda instância? Ou revisão dos super salários de R$ 25 mil aquinhoados pela burocracia e sustentados por nós?”
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Nelson Manzatto, jornalista: “Existe sempre uma expectativa de um ano melhor, mas no balanço final aparecem situações que nos provocam decepção. A política foi complicada, inclusive aqui. Ninguém quer ser estadista. Todos querem se manter no poder, usando e abusando do nosso dinheiro. Enquanto os governantes não pensarem no povo e não melhorarem a qualidade de vida e pensarem no meio ambiente, as chuvas vão continuar matando, as matas sendo destruídas por incêndios, muitos deles criminosos, e os empresários entenderem que o mais pobre é aquele que trabalha pra eles, o dólar vai continuar subindo. Enfim, pouco vai mudar. E só o sol vai continuar provocando o aumento do calor!”.
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Fábio Pescarini, jornalista da Folha de São Paulo: “Do ponto de vista de mudanças climáticas, a opinião dos especialistas é unânime, os riscos extremos devem se intensificar no ano que vem, com sequências de ondas de calor. Em 2024 foram nove delas apenas no Estado de São Paulo. O fenômeno climático La Niña, que promove resfriamento das temperaturas da superfície do oceano no Pacífico equatorial central e oriental e é imporante para equilibrar o clima, está atrasado e deve ajudar a um verão mais quente que o normal. O ano de 2025 será marcado pela posse de novos prefeitos. Eles podem prestar mais atenção no clima e, com pensamento fresco, há chance de termos um ano de boas práticas que reflitam em 2026, 2027, 2028”.
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Claudemir Battaglini, promotor aposentado: “A vida sempre encontra um meio, um caminho, uma renovação. Ser otimista não é fácil, mas é o único caminho a seguir. O pessimismo não traz bons resultados ao ser humano, pois o que colhemos é o fruto do que plantamos. Portanto, com tantas coisas ruins acontecendo, 2025 certamente será um ano melhor, momento de cultivar coisas boas e aprender com os erros do passado e continuar batalhando pela felicidade”
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Miguel Édi Gomes, jornalista: “De todos os meus 53 anos, uns 40 e tanto como cidadão que vota, paga imposto e tenta ter registro em carteira para aposentar, espero, do fundo do meu coração, que 2025, seja movido pela estabilidade em todos os campos. Que seja o início da saída do ‘pântano social’. Na política, teremos o começo do trabalho de novos prefeitos, como em Jundiaí, o Gustavo Martinelli e o vice Ricardo Benassi. Vai ser aquela rotina de ‘colocar a casa em dia’ e não deixar a cidade parar. Toda mudança causa um sentimento de ansiedade. Eles conduziram o processo da urna até o aval da Justiça Eleitoral e assumirão, a dupla com certeza fará uma gestão com o pé no chão. O clima, meu Deus o que falar das temperaturas abruptas e as chuvas que fizeram um estrago proporcionado pelo reflexo do ser humano andando na terra? O que aprendemos neste ano, nos sirva de alerta para 2025. A economia, por mais que eu tenha sido um ótimo aluno, a teoria vai bem longe da prática. Ainda teremos de aguardar o que vai acontecer na Terra do Tio Sam, que com certeza vai influenciar por aqui. A expectativa é que a realidade deste ano não se repita. Oxalá, me dê sabedoria para ter recursos e manter casa, comida, trabalho e dignidade “.
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Professor Afonso Machado: Não tenho dúvidas quanto às dificuldades que nos esperam em 2025, em especial por ouvir que a inflação está controlada e pequena, que a vacinação não está completa e por aí vai. Os acidentes naturais nos preocupam porém são respostas aos maus tratos que danos à natureza. Saída? Sermos humanos mais humanos e buscarmos viver em maior harmonia, acredito…
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Psicólogo Marcelo Limão: “Infelizmente acredito que 2025 poderá ser mais complicado que este ano que está acabando. As mudanças climáticas nunca estiveram tão evidentes, com eventos climáticos extremos e seus efeitos devastadores, ao mesmo tempo que a 29ª conferência do clima (COP 29) nunca esteve tão “esvaziada”. Beira o cinismo. Isto me lembra o filme “Não Olhe Para Cima”. E sobre as questões sociais, convivemos com guerras e conflitos que não oferecem um horizonte de paz iminente, impactando a economia e a política global. Na maior economia do mundo, volta ao poder a extrema direita. Dificilmente 2025 será menos complicado que este ano”.
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