Foram 2h30 para subir. E 3h30 para descer. Na Pedra da Gávea é o único lugar onde o ditado é invertido “para subir todo santo ajuda!” Mas para descer, bom, você vai precisar de uma boa corda e os anjos que te segurem! Brincadeiras à parte! Foi um dos autodesafios mais legais que já encarei! E a carrasqueira, de longe, não é a parte mais difícil desse lugar!


Inclusive, carrasqueira é o nome de uma vegetação, muita gente confunde com o grau de dificuldade para escalar em pedras. Já o nome de Gávea foi dado porque a Pedra se assemelha ao cesto de observação das caravelas, que é chamado de gávea.
A Pedra, que é o maior bloco de pedra à beira mar do mundo, com 842 metros. Também tem várias histórias e lendas que a rodeiam. O lado da pedra oposto ao mar, por exemplo, parece ter um formato de rosto e é chamada de “Cabeça do Imperador”.
Marcas na rocha já foram interpretadas como inscrições fenícias, que foram inclusive traduzidas por estudiosos. Mas, essa hipótese tem vários problemas que a contradizem e mais provável é que realmente seja apenas uma ação da natureza.
Os primeiros 40 minutos de trilha são tranquilos, apesar da intensa subida que não dá trégua por um minuto. A primeira escalaminhada é feita com a ajuda de algumas raízes e troncos de árvores. Logo depois, vem uma pedra escorregadia, onde foi colocado alguns ferros e um cabo de aço para ajudar a subida. Poucos minutos depois chegamos à Pedra do Navio que forma uma gruta bem interessante! Aqui temos o primeiro visual: a Barra da Tijuca.


A subida fica cada vez mais íngreme, com pedras escorregadias e pouco apoio para as mãos. Dez minutos depois, chegamos a um trecho bem escorregadio por conta da cachoeira. Mais uns 30 minutos andando e avistamos a Cabeça do Imperador! Mais alguns metros percorrendo uma trilha estreita e com um precipício alucinante no seu lado direito e chegamos na tão temida Carrasqueira, um paredão de pedra com cerca de 30 metros, onde é preciso fazer uma escalada de primeiro grau. É considerada “fácil”, mas não permite nenhum erro! Pode ser fatal!
É muito importante controlar o emocional quando você se vê escalando as pedras, aqui a dica é não olhar para baixo para não se imaginar caindo no precipício. Mais 1h30 de caminhada e chegamos ao topo. O visual é encantador, parece uma pintura! De um lado o Morro Dois Irmãos, o Cristo e as praias. Do outro, uma paisagem incrível do mar se perdendo no horizonte.
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Depois de um bom tempo apreciando a vista, hora de descer. Claro que bate aquela preguiça de andar tudo de novo, mas o sentimento é de dever cumprido! A descida inclui trechos de rapel e mais uma dose de adrenalina. Na minha percepção, exige um pouco mais de esforço físico e emocional para se jogar do precipício seguro por apenas uma corda. Mas, vale muito a sensação de superação, desprendimento e mais uma trilha para lista de aventuras!

CONCEIÇÃO PACHECO
É jornalista e adora viajar. Acompanhe pelo instagram.com/conceicao_pacheco/
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