Ana Paula Calçavara Favaro Soares de Oliveira conversou, através das redes sociais, com o Jundiaí Agora – JA. Disse que ninguém da imprensa quis ouvir sua versão. Afirmou que já está pagando várias dívidas e pretende ressarcir todos que foram prejudicados por ela. A entrevista:
Gostaríamos de falar sobre as denúncias contra você…
Na verdade eu fui parada pela Guarda Municipal, em maio, devido ao meu carro ter sido comprado de um “amigo”. Ele passou o carro para o meu nome, paguei mais da metade do valor à vista e o restante parcelei. Atrasei uma parcela e como ele sabia que eu tinha problema com a Justiça, fez um boletim de ocorrência. As placas foram para o sistema de monitoramento da GM. Quando passei por uma câmera, eles identificaram e me pararam. Eu levei os recibos de pagamento. O delegado do 4º DP liberou o carro e falou para eu processar tanto o cara que fez o boletim quanto os jornais que divulgaram o caso. Fiz um BO por falsa comunicação de crime, e dois processos por danos morais. Um contra o ex-dono do veículo e um contra um jornal.
Não estamos preocupados com a apreensão deste carro nem dos outros dois, pelo 7º Distrito Policial. Queríamos falar sobre as acusações de estelionato…
Se vocês não estão preocupados com a apreensão não estão preocupados com a verdade. Eu só fui parar na delegacia por causa do carro. E foi errado o que foi feito, segundo o próprio delegado. Ele me instruiu como abrir um processo.
Segundo a Polícia, o carro é fruto de uma transação sua com um inquilino…
Sim, isso é verdade!
E juridicamente não pode ser acusada de estelionato porque você pagou R$ 18 mil de entrada.
Sim. Paguei mais quatro parcelas, faltando somente oito.
Você se livrou da acusação de estelionato por pagar a entrada. Mas não pagou o resto…
Paguei. Esta em dia.
Não é o que a polícia fala.
Pois é. É bom que vocês publiquem: esta em dia. Foi pago em juízo. Era uma única parcela em atraso.
Voltando às denúncias de estelionato…
Tenho 14 clientes no escritório. Como fizeram 20 boletins? Eles se multiplicaram?
Você sabia que o Creci denunciou você por exercício ilegal da profissão?
Sou estagiaria do Creci e não exerço a profissão ilegalmente. Na verdade eu sou administradora, e não corretora. Fizemos a nossa defesa. O Creci vai aos escritórios várias vezes ao ano. Foram no meu há menos de um mês.
Sendo estagiária você não poderia usar o Creci do seu marido. Ele sabia disto?
A imobiliária é do meu marido. O Creci usado tem que ser o dele. Na imobiliária nova não houve o mesmo problema.
Sua mãe está envolvida? Por que você usava o nome dela nos contratos como fiadora?
Quando um cliente não tinha fiador ele me pagava 1 aluguel e colocávamos o nosso imóvel.
Como você explica tantas denúncias? Os policiais do 4º disseram que você contou que estava endividada, passou a tirar dinheiro de um aluguel para pagar outro proprietário, a dívida foi aumentando, você parando de pagar e virou uma bola de neve. Já os policiais do 7o DP dizem que você é dissimulada, que diz que houve um problema ou que joga a culpa no inquilino ou proprietário.
Pois é. Cada um diz uma coisa. Quem devia para os proprietários chegou abrir BO também falando que não devia. Na hora certa eles vão ter que apresentar recibo.
Você sabia que as vítimas monitoravam você no Facebook? Por que você publicava fotos de ostentação, de viagens, fazendo comentários dando a entender que eram para quem procurou a polícia?
Eu não acho que tenho as vítimas no Facebook. Por isso, as fotos não eram para elas. Foram para algumas pessoas que me seguem. E minhas viagens foram bem antes dos problemas ocorridos.
Por que você apagou os posts?
Eu não apaguei nenhum post.
Você se considera uma vítima?
Não, não me acho vítima. Jamais falei isso. Eu acho que fui errada mas também acho que algumas pessoas se aproveitaram da situação. Inclusive “amigos” que estão com imóvel alugado porque nós fechamos o negócio. Eu jamais deixei de atender uma ligação de cliente para resolver qualquer dúvida ou dívida. Estamos pagando e já pagamos muita gente. Quem entrou na justiça porque não aceitou acordo ou porque pede 10 vezes o valor que devo, entrou porque quis. Inclusive alguns antigos proprietários estão com imóveis com a gente. Sentamos, conversamos e pagamos tudo. Ninguém fugiu e nem vai fugir…
Por que vocês fecharam a Imperial?
Na verdade a Imperial estava em um local ruim e não tínhamos muitos clientes. Queríamaos começar de novo…
Estivemos em duas delegacias. Você é detestada pelos policiais delas. Eles dizem que além dos golpes você é dissimulada…
Em primeiro lugar não sou detestada por todos. Sou detestada por quem quer que eu abaixe a cabeça e fique dizendo ‘sim senhor’. O delegado inclusive me instruiu sobre tudo que devo fazer quanto aos danos no caso do carro. Fui tratada bem por ele. (Neste trecho, Ana Paula fala sobre três policiais. O Jundiaí Agora não irá citá-los já que não conseguiu comprovar as alegações dela). Sempre fui educada. Nunca deixo de responder, porém, quero respeito. Eles me tratam mal. Mas na hora que meu advogado chega, eles somem. Por que será?
Por que você se identifica como Paola?
Não me identifico assim. É que fui chamada de Paola no começo da nova imobiliária. Achei legal e ficou assim.
Por que diz que é veterinária?
Eu nunca disse isso.
As vítimas e os policiais dizem que sim.
Sou formada mas não peguei meu registro ainda. Sou formada há oito meses e preciso pagar os últimos semestres para que liberem minha inscrição. Sempre auxiliei veterinários.
Qual seu maior erro?
O meu maior erro foi na época da Imperial. Um valor foi utilizado pelo banco, aonde fazíamos os depósitos. Para não deixar de pagar o proprietário, usei o dinheiro de um para cobrir o outro. Cada dia a dívida aumentava mais e chegamos a vender a casa pra pagá-las. Infelizmente, não deu pois pegamos um outro imóvel no lugar e o valor em dinheiro pagamos o que deu. Como muitas pessoas queriam mais que o dobro pra quitar a divida, nós, com medo, pagamos. Deu nisso. Mas a maior parte já foi paga. Vou apresentar tudo em juízo. Além disso, errei ao ajudar amigos, conhecidos. Eles não pagavam, não tinham nada e agora estamos sendo culpados até pelo que não fizemos
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