Ensinando a ENSINAR

ensinar

Sempre que me perguntam por onde começar para melhorar a qualidade da nossa educação diante dos resultados pífios nas avaliações internacionais, minha resposta é sempre a mesma: pela formação dos professores. O aperfeiçoamento docente é o caminho mais curto e possivelmente o menos custoso para melhorar o desempenho dos nossos docentes e o resultado das aprendizagens. Para isso precisamos rever os currículos e programas dos cursos de licenciatura e qualificar os docentes desses cursos ensinando-os a ensinar.

Digo isto, pois se queremos professores capazes de assumir a tarefa de ajudar os estudantes a aprender precisamos que eles saibam usar novas metodologias e novas tecnologias saindo do tradicionalismo da repetição de conteúdos como única estratégia de ensino. O que nos remete aos professores dos cursos de formação de professores. Se os docentes destes cursos forem conservadores e tradicionalistas não serão capazes de prepara novos docentes aptos às modernas práticas que privilegiam a aprendizagem. Como podem professores usando metodologias ultrapassadas formar professores disruptivos?

Essa proposta conservadora se observa de maneira generalizada em todas as ações e regulações das atividades educacionais. Um bom exemplo pode ser encontrado nos exames para ingresso na carreira do magistério. Estudos recentes constataram que a maior parte das questões das provas cobrava essencialmente conteúdos teóricos e muito pouco de questões práticas ou pedagógicas. Isto me remete à relevância das provas teóricas nos cursos de natação. Novos professores devem aprender a refletir sobre a realidade da prática docente e para isso precisam de professores que ensinem a ensinar.

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É recorrente nas minhas manifestações insistir nas diferenças entre o ensino e a aprendizagem. Um professor que apresenta apenas conteúdos em suas aulas acreditando que haverá efetivamente aprendizagem está profundamente equivocado. É essencial usar metodologias ativas com intensa participação dos estudantes para que as aprendizagens significativas ocorram e os conhecimentos de cada um sejam construídos. Essa clareza epistemológica deve estar presente nos docentes das escolas e cursos de licenciatura para que seus egressos façam efetiva diferença nas suas atuações como docentes com foco na aprendizagem e não no ensino.

Bons professores de didática e metodologias são fundamentais para que algumas mudanças ocorram e que possamos reverter este quadro desastroso que as avaliações têm mostrado.(Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

FERNANDO LEME DO PRADO

É educador

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