Na hora de trocar de carro é preciso buscar informações confiáveis sobre os modelos do seu interesse que ajudem a tomar a melhor decisão na hora de bater o martelo na hora da compra. Com tantas opções no mercado fica um pouco mais complicado. Mas algumas vezes, as boas opções acabam passando despercebidas por culpa de estratégias equivocadas ou até mesmo por simples estratégias de mercado das fabricantes. Nossa matéria de hoje é sobre um SUV que chama a atenção por onde passa e foi vítima da conjunção de erros de estratégia de marketing e de palpites infelizes dados por pseudoespecialistas nas redes. Estamos falando do Honda ZR-V, um carro pensado para atender quem busca conforto e um comportamento dinâmico, garantido principalmente pelo acerto das suspensões, que aproxima esse crossover ao que é oferecido pelos sedãs da marca.
Durante uma semana, avaliamos o ZR-V buscando nos aproximar ao máximo do ponto de vista do consumidor. Importado do México, o modelo é vítima de um mal posicionamento no mercado que acabou rendendo a fama de caro e defasado. Para quem não sabe, o Honda ZR-V é vendido nos Estados Unidos como Honda HR-V. Ele nasceu de projeto 100% novo que teve como ponto de partida a plataforma da décima geração do Civic, que foi produzido no Brasil até 2021. Do Civic ele herdou o motor 2.0 e a suspensão traseira multilink. Feito sob medida para aquele consumidor de perfil mais conservador, mesmo cometendo alguns pequenos deslizes de projeto, o ZR-V é um excelente carro e uma opção para quem busca qualidade de construção, economia, segurança e principalmente conforto.
Logo de cara, nas primeiras impressões destacam-se a posição de dirigir e o rodar suave e silencioso, mesmo com a transmissão CVT. Comportamento que aproxima este crossover a um sedã e bem diferente da maioria dos SUVs do mercado. O ZR-V compete em preço e tamanho com o VW Taos, Toyota Corolla Cross e o Jeep Compass. O amplo interior é outra qualidade, que chama a atenção tanto quem viaja nos assentos dianteiros e, principalmente, para quem vai nos bancos traseiros, com muito espaço para as pernas e uma boa altura do teto. Quando comparado ao irmão mais novo, o HR-V, o modelo revela suas dimensões generosas. O ZR-V tem 4,56 m de comprimento enquanto que o HR-V mede 4,33 m, ou seja 24,5 centímetros à menos.
“Simplicidade e algo” ou menos é mais… O crossover da Honda, posicionado acima do HR-V e logo abaixo do topo de linha CR-V, adota a nova linguagem de design da carroceria que estreou com a nova geração do Honda Civic. A linguagem de design, batizada pela Honda como “Simplicity and Something”, ou “Simplicidade e Algo”, em português, busca focar no ser humano e também remeter aos primeiros veículos da marca. O objetivo é reduzir a complexidade da tecnologia, tornando os carros da marca mais fáceis e intuitivos para o motorista.
Essa filosofia se reflete em interiores mais limpos, livres de confusão visual, com pilares mais finos, capôs baixos e grandes para-brisas para excelente visibilidade. Além disso, a Honda busca minimizar os componentes da cabine, aumentando o espaço para os usuários e permitindo que o motorista se concentre no trânsito. Olhando para o ZR-V a gente percebe claramente essa tendência, com as linhas simples e objetivas da carroceria e com o interior minimalista, que transmitem a sensação de simplicidade sem abrir mão da qualidade e do luxo. Traduzindo: no ZR-V menos é sempre mais…
Ao contrário da tendência atual das carrocerias com linhas e vincos mais marcados, o que aliás deixou todos os carros com a mesma cara, o crossover da Honda tem desenho limpo, sem arestas. Nas laterais, com grandes balanços nas extremidades, remetendo ao desenho dos sedãs da marca, os poucos vincos são suaves e valorizam as formas. A mesma sensação se repete na dianteira, com a grade o longo capô ganham destaque. No interior, que repete as saídas de ar em colmeia da nova geração do Civic, linhas limpas, materiais agradáveis ao toque e comandos se resumindo ao essencial, sem muitas parafernálias.
Mas é bom não confundir funcionalidade e linhas suaves com simplicidade. O ZR-V carrega várias tecnologias de auxílio à condução, como o controle de velocidade de cruzeiro auto adaptativo, que pode ser acionado com o carro parado, e assistente de permanência na faixa. Tudo para reduzir o estresse de quem está ao volante. Além disso, o crossover tem sistema de assistência automática de farol alto, conhecido como Auto High Beam (AHB), que durante a noite aciona o farol alto quando não há nenhum veículo trafegando no sentido contrário. Até o sistema de freios, que no ZR-V conta com discos nas quatro rodas, dá uma forcinha… Além do freio de estacionamento com acionamento eletrônico, este Honda conta com a opção de manter o carro parado em aclives ou declives sem a necessidade de manter o pé no freio.
Não, não é um esportivo – Os projetistas da Honda levaram em conta o tipo de consumidor desse tipo de veículo, que valoriza mais o conforto do que a performance. Não que o carro seja fraco, mas o desempenho do motor 2.0 aspirado de 160 cavalos, não chega a empolgar. Ele trabalha em conjunto com a transmissão continuamente variável (CVT), que simula 7 velocidades.
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O único senão, pelo menos na nossa opinião, é que o modelo roda apenas com gasolina o que não incomoda a maioria dos consumidores com esse perfil. Vendido em versão única, o ZR-V tem preço de tabela de R$ 214.500,00. A nossa dica é pesquisar pelos bônus que variam de concessionária para concessionária que pode ser bem atraente na hora de fechar negócio. Em Jundiaí e em Vinhedo, o Honda ZR-V pode ser encontrado nas concessionárias Honda Chroma. © Joaquim Rimoli | AutoMotori 2025
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