TEIA DOWN precisa de voluntários e dinheiro para não fechar

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Com o fechamento da Bem-Te-Vi, instituição especializada no atendimento de pessoas com a síndrome de Down, pacientes e familiares ficaram desamparados. Os pais se mobilizaram e criaram outra instituição, a Teia Down, que funciona desde janeiro de 2023. Hoje, a Teia só não faz mais porque não tem recursos. Sobrevivendo apenas de doações, a instituição precisa de profissionais voluntários para firmar convênios com as prefeituras da região e os governos do Estado e Federal. A presidente, Vivian Zancopé Berto de Oliveira(foto ao lado), alerta: “se não conseguirmos novos parceiros e contribuições mensais, infelizmente corremos o risco de encerrar nossas atividades”. A entrevista com Vivian:

A Teia Down nasceu com o fim da Bem-Te-Vi? Quanto tempo levou para a Teia passar a realizar atendimento? 

Sim, a Teia Down nasceu com o encerramento das atividades da Bem-Te-Vi. Foi uma transição difícil. Em cerca de seis meses conseguimos nos organizar e começar os atendimentos. A necessidade era urgente, especialmente para os adultos com o síndrome de Down, que não tem nenhum programa voltado para eles em Jundiaí.

Como foi este período?

Olha, foi delicado. Muitas pessoas ficaram totalmente sem atendimento. Algumas famílias chegaram a pensar em buscar ajuda em São Paulo ou Campinas. Porém, nem todas têm condições financeiras ou logísticas para isso. Houve muita insegurança, frustração, principalmente porque os acompanhamentos terapêuticos são essenciais para o desenvolvimento deles.

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Quantos pacientes ficaram nesta situação? 

Cerca de 40 pessoas ficaram desassistidas nesse período. Todas já estavam em acompanhamentos antes e, de repente, se viram sem atendimento, sem apoio, o que compromete bastante o progresso que já havia sido feito.

Quais as maiores dificuldades para criar a Teia?

Acredito que a maior dificuldade foi estruturar tudo do zero. Não tínhamos recursos nem apoio do setor público ou privado. Na verdade, ainda não temos. Além disso, hoje temos uma urgência: precisamos de um profissional voluntário da área contábil ou administrativa, que nos ajude a tirar certidões pendentes. Essas certidões são essenciais para conseguirmos firmar convênios municipais, estaduais e federais, além de buscar emendas parlamentares. Isso é urgente e pode mudar completamente a nossa capacidade de atuação.

Quando começou a funcionar oficialmente?

A Teia Down começou a funcionar oficialmente em janeiro de 2023. E desde então, seguimos com muito empenho oferecendo o que conseguimos com os recursos que temos, mas sempre com muito amor e compromisso.

Quantas pessoas atende hoje?

Hoje, conseguimos atender entre 30 a 40 pessoas com síndrome de Down, em diferentes faixas etárias da adolescência à vida adulta. Este número está reduzido justamente por não termos recursos para manter a folha de pagamento dos profissionais. Se tivéssemos apoio financeiro fixo, conseguiríamos ampliar e garantir atendimento contínuo a muitas mais pessoas com síndrome de Down.

Então, se tivessem apoio conseguiram atender mais pessoas?

Sim. Se tivéssemos estrutura, apoio, conseguiríamos aumentar esse número facilmente. Há muitas famílias aguardando por atendimento, especialmente adultos que não têm mais suporte quando saem da escola.

Hoje vocês atendem pessoas de Jundiaí e região também?

A maioria dos atendidos é de Jundiaí, mas também recebemos famílias e cidades vizinhas como Várzea, Campo Limpo Paulista e Louveira. A demanda é regional e crescente, acredite. Teve gente de São Paulo que nos procurou.

O que a Teia oferece hoje? 

Atualmente oferecemos atendimento de psicólogas e pedagogas com pausa de alguns projetos por falta de recurso. Mantemos apenas o que conseguimos através de profissionais voluntários que seguem engajados pela causa, pois por falta de recurso não temos como pagar a folha de profissionais.

O que pretendem implementar nos próximos meses? Quais seus projetos?

Temos muitos projetos, projetos semi-prontos, mas parados por falta de recurso. O principal deles é a padaria e escola, para formação profissional e geração de renda. Também queremos retomar projetos de musicalidade, motividade, empregabilidade e o projeto Vivências para adultos com sedromedidao. Um projeto que promove autonomia e inclusão social plena.

Como a Teia sobrevive? 

Hoje, a Teia Down sobrevive única e exclusivamente por meio de doações, parcerias e eventos beneficentes. Já tivemos um parceiro que cobria toda a folha de pagamento dos profissionais, mas ele precisou pausar a ajuda. Desde então, estamos com muitos atendimentos paralisados, a grande maioria, a verdade, e precisamos, urgentemente, de apoio para contratar profissionais e regularizar nossa situação documental.

Quem quiser ajudar pode fazer doações?

Sim. Quem quiser ajudar pode fazer doação via PIX. A chave é o nosso CNPJ é 4930-5488/0001-54. Também é possível fazer depósito bancário ou tornar-se um parceiro mensal. Para isso é preciso acessar o nosso site www.tiadown.org.br ou pelo telefone (11) 4522-0194. Toda contribuição, por menor que pareça, faz uma enorme diferença. Também estamos buscando empresas que adotem os nossos projetos, que contribuam mensalmente para que eles possam acontecer.

O poder público ajuda financeiramente? Se sim, quanto recebem?

Infelizmente, não recebemos nenhum tipo de apoio financeiro do setor público até agora. Por isso, é tão urgente conseguirmos as certidões que faltam para acessar convênios e emendas parlamentares.

Vocês têm uma sede? Onde fica?

Sim, temos sede sim. A nossa fica na rua Rodrigo Soares de Oliveira, 488, Anhangabaú, em Jundiaí. Fica bem em frente ao ginásio do Bolão e é lá que nós acolhemos as famílias e realizamos atividades possíveis. A sede tem um aluguel mensal de R$ 11 mil…

A Câmara considerou a Teia uma instituição de utilidade pública. O que isto representa para vocês?

Ah, esse reconhecimento representa um passo muito importante. Ele abre as portas para afirmar uns convênios, buscar os recursos públicos, mas para isso acontecer ainda precisamos concluir documentações, o que depende da ajuda voluntária de um profissional do terceiro setor, da área contábil ou administrativa. Isso é crucial nesse momento.

Mande um recado para a população de Jundiaí e região…

A Teia Down nasceu da união de famílias e profissionais que não aceitaram ver os assistidos sem apoio. Acreditamos na inclusão e no direito de todos ao desenvolvimento, mas para continuar precisamos de você e da sua colaboração, da colaboração de toda a sociedade, da sua doação, do seu engajamento. Juntos podemos muito. Estamos procurando voluntários que queiram doar um pouco do tempo, carinho, conhecimento para transformar a vida dessas pessoas com síndrome de Down. Precisamos com urgência de profissionais voluntários nas áreas de contabilidade e administração para dar andamento nas certidões pendentes e possibilitar convênios e emendas parlamentares. Precisamos de profissionais nas áres de psicopedagogia, pedagogia, educação, educação especial, neuropsicopedagogia e terapia ocupacional. Com sua ajuda podemos regularizar os documentos e buscar recursos públicos, retomar os atendimentos suspensos, ampliar o número de assistidos e garantir a continuidade e de inclusão e projetos e empregabilidade. Se você é um profissional ou conhece alguém que possa nos apoiar, fale com a gente. Nosso Whatsapp é o (11) 96170-0522. (Foto: Teia Down)

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