Tarsila do Amaral, artista modernista brasileira, passou parte da infância e adolescência em Itupeva. Os avós maternos eram donos da Fazenda Santa Teresa do Alto. As obras dela foram influenciadas pelas paisagens do então bairro de Jundiaí, que só viria a se tornar cidade em março de 1965. Ela nasceu em Capivari, no dia 1º de setembro de 1886 e morreu em janeiro de 1973. Na foto principal, a pintora em 1969. Ao fundo, a obra ‘Operários’(Arquivo Nacional).

A ligação entre Tarsila e Itupeva resultou num livro publicado pela Prefeitura local, em 2021: “O Colorido Mundo de Tarsila do Amaral, a Pintora do Brasil”. Esse projeto afirma que o estilo e as obras da artista foram influenciados pelas paisagens, cores e elementos da cidade, como pores-do-sol, cactos, capivaras e formações rochosas, refletindo a beleza da região.
A fazenda dos avós dela ficava no bairro Santa Teresa, na divisa com Vinhedo, próximo das rodovias Anhanguera e Bandeirantes, e também do Aeroporto de Viracopos. Hoje, o lugar é dominado por condomínios. Um deles, inclusive, recebe o nome da pintora.

A colônia da Fazenda Santa Tereza, da família de Tarsila do Amaral(Google Arts & Culture)

Fazenda Santa Teresa do Alto III, grafite sobre tela, de 1970(www.catalogodasartes.com.br)

Outra gravura de Tarsila, de 1960, mostrando a fazenda de Itupeva. No canto inferior direito a assinatura dela(circuitogaleria.com.br)

A paisagem de Itupeva supostamente influenciou a artista no quadro ‘Sol Poente’, de 1929
Arte moderna – Tarsila revolucionou a arte nacional com visão vanguardista e cores vibrantes. A trajetória artística dela se ligou profundamente com os ideais da Semana de Arte Moderna de 1922, embora não tenha participado diretamente do evento. Após uma temporada de estudos na Europa, onde absorveu influências do cubismo e do surrealismo, Tarsila retornou ao Brasil imbuída do desejo de criar uma arte genuinamente brasileira. Em 1924, ao lado de Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Anita Malfatti e Menotti Del Picchia, formou o Grupo dos Cinco, núcleo fundamental do movimento modernista.
A fase “Pau-Brasil” (1924-1928) exaltou a natureza tropical e o cotidiano brasileiro com cores puras e formas simplificadas. A emblemática obra “Abaporu” (1928), marco da fase antropofágica, onde assimilou influências estrangeiras para criar algo novo e singularmente nacional. A “fase social” (anos 1930) revelou um olhar mais crítico para a realidade brasileira, retratando trabalhadores e questões sociais com cores mais sombrias.
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